O fim melancólico de dilma

11/05/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:22

Hoje encerram-se os 13 anos e meio da era petista. De forma melancólica, porque o PT prometia mais do que fez. Prometia fazer política sem corrupção, socializar a riqueza e reduzir as desigualdades sociais do país. No governo, repetiu a corrupção endêmica e histórica do Brasil (a mesma de Collor, Sarney e Fernando Henrique Cardoso), não taxou os mais ricos, não fez reformas e não distribuiu renda de maneira estruturada.

Um fim melancólico também porque a presidente não é diretamente acusada de nada disso. Não é acusada de corrupção. Cai por conta de um processo de impeachment hipócrita e mentiroso, de fundamentação acusatória risível, no qual os julgadores – deputados e senadores –, são os verdadeiros bandidos.

E ainda mais melancólico porque não muda em nada o Brasil na sua estrutura excludente e corrupta. Quem assume hoje o poder é Temer e o PMDB, que na verdade sempre lá estiveram. O novo governo será ocupado por pessoas e partidos chafurdados na lama até o nariz. Não defendem justiça social, distribuição de renda ou moralidade na função pública a não ser no palco da política. Nos bastidores, tramam e corrompem, que é o que sabem fazer.

Mas o mais grave é que o impeachment coloca em xeque nossas instituições democráticas. A principal delas, a instituição do voto livre e secreto, e por consequência a do estado democrático de direito. Não se esqueçam: a presidente que cai hoje foi eleita pela maioria do povo brasileiro.

Usiminas
Não se assustem se a reunião do Conselho de Administração da Usiminas, de amanhã, transcorrer na mais absoluta tranquilidade. Na reunião será decidida a nova composição da diretoria executiva da empresa, o que teoricamente seria motivo de um novo round na briga entre os sócios controladores. Veremos se o presidente Romel Erwin de Souza fica ou sai. Funcionário de carreira e indicado pelos japoneses da Nippon Steel & Sumitomo, assumiu depois da destituição de Julián Eguren, representante do grupo ítalo-argentino Ternium/Techint. Se a reunião de amanhã transcorrer em paz, será um indicativo de que estão avançadas as negociações entre os sócios para o divórcio e a divisão dos ativos. Os japoneses continuariam em Ipatinga e aos italianos seria entregue a usina de Cubatão, antiga Cosipa.

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