(Divulgação)
Camada invisível a olho nu e que reveste o corpo físico de todo ser humano, a aura é mais que um envoltório colorido e brilhante. Guarda informações preciosas de cada pessoa – experiências passadas, situações presentes e até reflexões sobre o futuro –, que podem auxiliar em diversos momentos da vida, na tomada de decisões ou numa virada de chave para mudanças de comportamento, de padrões e crenças.
Ferramenta que utiliza a interpretação desse conteúdo com a ajuda de imagens, cores ou na relação que estabelece com os sete chákras (vórtices energéticos) distribuídos pelo corpo, a leitura de aura ajuda a elucidar questões armazenadas no inconsciente, mostrando caminhos e facilitando escolhas.
Terapeuta holística e de leitura de aura no Espaço das Rosas, em Belo Horizonte, May explica que a técnica possibilita a codificação da essência do ser humano. “O que vemos é um retrato daquele campo energético e do que vibra com mais intensidade naquele momento. Pode ser uma memória, situações traumáticas, desejos ou sonhos”, detalha.
Segundo ela, a proposta do método é servir como ferramenta de autoconhecimento para quem está buscando a resolução de conflitos ou ainda um norte para definir escolhas, como um novo emprego ou o fim de uma relação. “Muitas vezes, a leitura é afirmativa, ou seja, a pessoa já sabe o que quer ou pelo que está passando, mas deseja dar visibilidade e legitimar aquilo”.
Experiência positiva
Na vida da jornalista Eliziane Lara, de 33 anos, a experiência foi esclarecedora. Ela conta que a leitura apontou potenciais adormecidos e que podiam ser melhor trabalhados para alcançar o que desejava.
“Não senti que havia um aspecto premonitório na sessão. Foi mais um direcionamento, um indicativo de questões adormecidas e que, muitas vezes, simplesmente não enxergamos”, conta.
No caso da engenheira civil Marcela Poletto Vilas Boas, de 35 anos, a ferramenta – utilizada por ela e pelo atual marido em um momento de decisões importantes – serviu como fator tranquilizante para a definição de novos caminhos.
“Minha aura estava amarela o que, naquele momento, representou pontos indefinidos na minha vida, como emprego e relacionamento (ainda não sabia se iria casar). Estava mais suscetível e a leitura me ajudou muito a direcionar minhas decisões”, conta.
A terapeuta holística Ashisha Devi, que atende no Núcleo Corpo e Alma, também na capital mineira, explica ainda que as sete camadas da aura – correspondentes aos sete canais energéticos ou chákras (básico, sexual, plexo solar, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário) – variam conforme o estado da pessoa no momento da leitura.
“A aura não é estática, mesmo porque estamos em constante processo evolutivo. O que a leitura promove é o esclarecimento de questões, possibilitando um entendimento energético e uma organização mental sobre como atuar naquele momento”, esclarece a terapeuta.
Permissão
Nas sessões, geralmente individuais e que duram em média uma hora, é preciso que o paciente (ou consulente) permita ao terapeuta acessar a aura dele. O consentimento, feito ao pronunciar o próprio nome completo três vezes, é o ponto de partida tanto para a tomada de consciência quanto para as escolhas que serão feitas dali em diante.
Ashisha Devi explica também que, em alguns casos, dependendo do tipo de questão levada pela pessoa, são recomendadas práticas como meditação, aula de dança, atividade física ou outras ferramentas que possam ajudar na compreensão do momento ou na cura de determinada situação e em mudanças necessárias para aquela aura.
Escola da Aura/Divulgação
Nas sessões de leitura de aura, é necessário que o terapeuta receba "permissão" para acessar o campo energético do cliente; autorização acontece depois que o consulente repete o próprio nome três vezes
Técnica auxilia em temas específicos e até em relacionamentos
Mais do que um caminho voltado para o aprimoramento pessoal e autoconhecimento, a leitura da aura também permite interpretar diferentes momentos e aspectos da vida com base em um tema escolhido pelo cliente.
Na chamada leitura temática, o terapeuta reconhece as diferentes dinâmicas energéticas presentes na aura da pessoa e que estejam relacionadas a assuntos como finanças, relacionamentos, família, saúde ou trabalho, por exemplo.
Terapeuta holística há 23 anos, May explica que nessa modalidade o trabalho se destina a atender de forma bem direta e definida determinado aspecto que possa estar bloqueado por crenças ou padrões, individuais ou não.
“O cliente pode definir exatamente o que deseja trabalhar naquela sessão, como os reflexos na vida dele a partir de um problema pelo qual esteja passando o país, por exemplo, ou ainda uma questão mais prática de cunho pessoal, como as relações no trabalho”, exemplifica.
No Espaço das Rosas, em BH, ela também vem realizando um trabalho especificamente voltado para as mulheres, ao qual deu o nome de Escola de Si Para Elas. Nos encontros coletivos, o tema tratado é o “feminino” e suas diferentes abordagens. As leituras são individualizadas, mas realizadas diante de todas as participantes.
O diferencial do trabalho, segundo a terapeuta, é a possibilidade de compartilhar uma mesma temática, que, muitas vezes, era buscada por várias mulheres. “Tratamos de feminino e dinheiro, feminino e ação, o que as (mulheres) impede de se relacionarem positivamente com os homens, de receber e de doar. A grande mudança é realmente a possibilidade de compartilhar”, afirma.
Casais podem fazer a leitura do relacionamento e interpretar, a partir de aspectos presentes nas auras dos dois, a relação no momento presente, as influências da energia de um no campo energético do outro e que aprendizados e desafios estão ou se farão presentes no relacionamento. Ambos devem consentir o atendimento em dupla.
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Algumas vertentes de leitura de aura utilizam as cores como ferramenta de interpretação. Mas, diferentemente do que se pensa, elas não são estáticas, sofrendo influência de nuances, forma, brilho e até de combinações entre tons. Terapeutas adeptos da metodologia realizam as leituras com uma câmera fotográfica, a máquina kirlian, como é chamada em alusão ao sobrenome do criador, um cientista russo. A interpretação feita pelo dispositivo utiliza, geralmente, o polegar da pessoa para reproduzir a silhueta do corpo. Alguns profissionais sugerem a seguinte leitura das cores: