O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará na sexta-feira mudanças na atuação dos serviços de espionagem do país que devem aumentar o rigor sobre o monitoramento de líderes estrangeiros e podem estender a cidadãos de outros países garantias de privacidade que hoje são restritas aos americanos.
A revisão das atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) ocorrerá sete meses depois de Edward Snowden ter iniciado o vazamento de documentos que expuseram o alcance global da coleta de dados pelo serviço de espionagem dos EUA.
As revelações estremeceram as relações de Washington com países aliados e causaram reação de defensores do direito à privacidade. Ex-técnico da NSA, Snowden divulgou documentos que mostravam a coleta de dados de telefonemas e na internet de centenas de milhões de pessoas,
dentro e fora dos EUA.
A presidente Dilma Rousseff cancelou visita oficial que faria a Washington em outubro depois que os vazamentos de Snowden revelaram que a NSA monitorou suas comunicações e espionou a Petrobrás. A agência também realizou escuta de ligações do celular da chanceler alemã, Angela Merkel.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou na quinta-feira que a "vigilância" de líderes estrangeiros é "certamente" um dos pontos que serão abordados no processo de revisão das ações da NSA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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