A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 chegou a 92% e atingiu um novo recorde em Belo Horizonte. De acordo com o novo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgado nesta quarta-feiira (8), das 360 unidades de terapia intensiva para tratamento do coronavírus na capital, há apenas 29 disponíveis.
Nos últimos três dias, o índice de ocupação estava em 91%, e tem ficado nesta faixa, mesmo com a abertura de 25 novas unidades de terapia intensiva entre sábado (4) e segunda (6).
Sobre os leitos de UTI para cobrir todas as enfermidades em hospitais públicos e filantrópicos, via Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte, a cidade conta atualmente com um total de 1.025 unidades, e a taxa de ocupação é de 88%.
Ainda de acordo com o boletim, Belo Horizonte continua sendo o epicentro da doença em Minas, com 9.361 casos confirmados e 201 mortes em decorrência da Covid-19.
Sem flexibilização
Com a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos acima de 90%, o prefeito Alexandre Kalil garantiu que não irá reabrir o comércio em Belo Horizonte nos próximos dias. Nessa terça-feira (7), depois de se reunir com entidades a favor da quarentena e até mesmo do lockdown, o chefe do Executivo da capital desmarcou o encontro que teria nesta quarta com representantes de comerciantes da cidade.
O prefeito reforçou que a flexibilização depende da redução dos índices de contaminação e de internações na cidade. “Eu não tenho o que dizer a eles (aos empresários). Os números não nos permitem nada diferente do que está acontecendo hoje”, afirmou Kalil.
Desde 29 de junho, apenas os serviços essenciais estão liberados para funcionar em Belo Horizonte. A decisão, tomada pouco mais de um mês após a reabertura de parte do comércio, foi tomada por causa da explosão dos casos, mortes e internações em decorrência da doença.