(Divulgação)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do zika vírus adiem uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo moradores locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo havia publicado há dez dias, um primeiro alerta já havia sido publicado no final de maio pela entidade. Mas, desta vez, a OMS optou por fazer uma diferenciação maior entre estrangeiros que visitam locais com o surto e as mulheres vivendo em zonas com a presença do mosquito.
"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para a entidade, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. A recomendação deixa claro também que, por enquanto, não existe uma outra alternativa para se proteger e que, para a população em locais com a presença do mosquito, a melhor forma de evitar a má-formação é mesmo evitar uma gravidez.
Alertando para o fato de que a transmissão sexual do vírus é mais importante que se imaginava, a OMS decidiu duplicar os prazos de espera para mulheres que queiram engravidar. Pela primeira vez, calendários são recomendados a diferentes grupos de risco e a entidade deixa claro que a proliferação do vírus em relações sexuais é "mais comum que previamente assumido".
A orientação está sendo feita depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontaram que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior que no sangue e ele pode permanecer ativo por 14 dias. Num do estudos, um homem que deixou as Ilhas Cook para o Reino Unido registrou a presença do zika vírus em seu sêmen 62 dias depois do início dos sintomas.
No total, dez países já registraram essa transmissão, entre eles EUA, França, Itália e treze casos na Alemanha.
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