(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Minas Gerais continua a ser alvo de ataques contra ônibus. Um novo coletivo voltou a ser queimado por bandidos, no fim da noite de quarta-feira (13), no bairro Capelinha, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além do ônibus, um veículo que estava em uma borracharia próxima também foi destruído pelas chamas.
ataque foi na Via Expressa, por volta das 23h30. O motorista contou à PM que foi abordado por cinco homens, sendo um armado, quando seguia para a garagem da linha 415 (Granja de Freitas/Centro). Os bandidos ordenaram que o condutor seguisse para o endereço, atravessasse o veículo na via e, depois, atearam fogo.
As chamas se alastraram, atingiram uma borracharia queimando também um carro e vários pneus. Além disso, a fiação da rede elétrica e telefônica foram afetadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater as chamas. A PM realizou rastreamento na região, mas nenhum suspeito foi localizado.
A perícia da Polícia Civil realizou perícia para iniciar o processo de investigação.
Com mais esse ataque, já são 68 ônibus queimados no Estado desde o dia 3 de junho. Até o momento, conforme a Polícia Militar, 40 cidades registraram esse tipo de ocorrência. Noventa pessoas foram conduzidas e 26 menores apreendidos suspeitos de participação nos crimes.
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Violência
Na noite de terça-feira (13), um ônibus foi queimado em Vespasiano, na Grande BH. O crime foi cometido por dois jovens de aproximadamente 16 anos entraram no terminal do Move com dois galões de gasolina. Depois de ameaçar o motorista e os passageiros, a dupla exigiu que o veículo fosse evacuado. Na sequência, os infratores derramaram o líquido inflamável e atearam fogo no coletivo.
Antes de fugir, eles deixaram um bilhete com o motorista. Conforme a Polícia Militar, a mensagem dizia que o ataque ocorreu para reivindicar melhorias no tratamento prestado aos detentos do Presídio de São Joaquim de Bicas II, na Grande BH. Procurada, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirma que as investigações sobre o caso estão por conta da Polícia Civil. Todas as denúncias devidamente formalizadas na Seap são apuradas nos termos da lei.
Investigação
Em nota enviada na semana passada, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que equipes da Polícia Civil atuam para desvendar os casos e que policiais militares estão à paisana nos coletivos e pontos de ônibus para conter ações e identificar suspeitos.
A Secretaria de Administração Prisional também avalia a possibilidade de transferência de presos.