(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
O ônibus de turismo que caiu de um viaduto da BR-381, em João Monlevade, na tarde desta sexta-feira (4), era clandestino. A informação foi confirmada pelo inspetor Aristides Amaral Junior, chefe da Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais (PRF-MG). Ele afirmou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) repassou a informação de que o veículo não tinha autorização para fazer viagens. O deslocamento seria entre Mata Grande, em Alagoas, e a capital de São Paulo.
Ainda segundo o inspetor, o motorista do ônibus pulou do veículo e não se apresentou à PRF até o momento. Não se sabe se ele teria se ferido, sendo socorrido por alguém no alto do viaduto. Outras três pessoas teriam pulado do veículo no momento em que perceberam que o ônibus deu sinais de que iria cair.
O inspetor informou ainda que até o momento a PRF não identificou outro veículo que poderia ter colidido com o ônibus antes da queda. Embora essa versão de algumas testemunhas ainda não tenha sido confirmada, ele afirma que a polícia não descarta qualquer possibilidade de causa para o acidente.
De acordo com a Globo News, esse mesmo veículo teria sido parado três vezes pela fiscalização em 2020. Em todos os casos, os passageiros teriam descido do ônibus e procurado uma forma de chegar ao destino.
11 mortes
Em nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que a empresa JS Turismo, envolvida no acidente na BR-38, em João Monlevade não tinha autorização do órgão. " A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros. Importante esclarecer que, por força de liminar, a empresa NAO é clandestina".
Morreram 11 pessoas no local e outras três vieram a óbito no hospital de Monlevade. Outros 26 passageiros ficaram feridos, sendo três em estado gravíssimo, com encaminhamento ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
A reportagem entrou em contato com a empresa de ônibus por meio de dois números de telefone, mas não obteve retorno.
Às 18h, a PRF informou que o trânsito no viaduto foi interrompido totalmente para a realização do trabalho da perícia.