NOVA YORK - A ONU afirmou na sexta-feira (26) ter alcançado um acordo com a Síria para investigar o uso de armas químicas, mas não indicou se a visita de inspetores do organismo ao local será permitida. Dois enviados da Organização das Nações Unidas participaram na terça e quarta-feira de reuniões com o vice-primeiro-ministro e com o ministro das Relações Exteriores da Síria, afirmou um comunicado da ONU.
"As discussões foram rigorosas e produtivas e conduziram a um acordo sobre como seguir adiante", afirmou o documento, sem fornecer mais detalhes.
Ake Sellstrom, inspetor chefe da equipe de investigação da ONU, e Angela Kane, Alta Representante da ONU para o desarmamento, apresentarão um relatório sobre sua viagem ao secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon.
Ban exigiu acesso irrestrito para investigar todas as denúncias sobre o uso de armas químicas no conflito, que já dura 28 meses. A Síria insistiu para que a ONU investigue apenas sua denúncia de que os rebeldes da oposição usaram armas químicas no ataque à localidade de Khan al-Assal, no dia 19 de março.
A ONU informou que recebeu até o momento 13 informações de ataques com armas químicas durante o conflito. Grã-Bretanha, França e Estados Unidos afirmam que todos estes ataques foram realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad. A Rússia, o mais importante aliado de Assad, afirma que suas investigações demonstram que os rebeldes opositores utilizaram gás sarin durante o ataque a Khan al-Assal.