ONU registra mais de 700 mil refugiados sírios na região

Agência Estado
29/01/2013 às 10:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:22

Mais de 700 mil cidadãos da Síria já se registraram ou estão esperando para se registrarem como refugiados em países vizinhos em meio a escalada de violência na região, afirmou nesta terça-feira (29) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Segundo a porta-voz da organização, Sybella Wilkes, houve um grande aumento no número de solicitações para registro de refugiados nas últimas semanas. "As necessidades são enormes", afirmou a porta-voz, acrescentando que os agentes da ONU não estão conseguindo "atender todas as pessoas rápido o bastante",

Wilkes informou que o número de sírios registrados como refugiados ou em processamento de espera nos países vizinhos atingiu 703.314 na segunda-feira. Deste número, segundo ela, mais de 581 mil foram registradas. Além disso, os agentes humanitários estão fazendo o seu melhor para ampliar o processo de registro "para acabar com o atraso", afirmou.

Wilkes apontou que no mesmo momento do ano passado, a agência da ONU havia registrado apenas algumas centenas de refugiados sírios a cada mês no Líbano. "Agora, o objetivo é registrar 45 mil por mês", disse ela, acrescentando que a média atual é de cerca de 32 mil.

Para a Jordânia, que tem recebido um afluxo maciço nas últimas semanas, o plano é tentar registrar 50 mil pessoas só em fevereiro, disse Wilkes.

Cerca de quatro milhões sírios dependem da assistência internacional para lidar com as consequências do conflito de 22 meses. A ONU estima que mais de 60 mil pessoas já morreram na guerra civil do país.

Nesta terça-feira, ativistas disseram que os militares sírios continuam em conflito com os rebeldes pelo controle de um complexo de inteligência do governo, onde líderes dos insurgentes estão sendo detidos. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os confrontos estão ocorrendo na cidade de Deir el-Zor, próximo a fronteiro com o Iraque.

O Observatório afirmou que os rebeldes conseguiram tomar o controle de grande parte do complexo do governo, incluindo a prisão, de onde libertaram pelo menos 11 líderes da oposição. Não está claro se as pessoas libertadas são militantes ou ativistas.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press

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