O prejuízo causado por esse esquema criminoso é estimado em mais de R$ 3,1 milhões
Participaram da operação três promotores de Justiça, dois servidores do Ministério Público e 65 policiais militares (MPMG/Divulgação)
Uma força-tarefa encabeçada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desencadeou, na manhã desta quarta-feira (11), a operação Chargeback, com foco em combater fraudes praticadas através de compras por cartão de crédito.
As investigações, que se iniciaram a partir de denúncias de instituições financeiras, revelaram um esquema sofisticado de estelionato. Criminosos criavam empresas de fachada que emitiam notas fiscais falsas para justificar vendas simuladas. Em seguida, solicitavam a antecipação do valor da venda às instituições financeiras, recebendo o pagamento de forma antecipada.
Conforme a investigação, os falsos consumidores entravam em contato com os bancos para contestar as transações, alegando que não haviam realizado as compras. Com isso, as instituições financeiras eram obrigadas a cancelar as operações, mas as empresas de fachada já haviam embolsado o dinheiro.
"A operação tem por objetivo investigar a prática dos crimes de estelionato, falsidade documental, organização criminosa e lavagem de dinheiro"informou o MPMG.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Monte Belo, Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, Contagem, Lagoa Santa e Vespasiano. Também foi deferida a indisponibilidade de bens no valor superior a R$ 3,1 milhõs e o sequestro de 27 veículos.
Participaram da operação três promotores de Justiça, dois servidores do Ministério Público e 65 policiais militares. A ação foi realizada por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Ribeirão das Neves e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar de Minas Gerais.