Para os fatalistas, que acreditam que nada pode ser feito, que Belo Horizonte se deteriorou a um ponto sem retorno; que nunca voltaremos a ser a Cidade Jardim, a capital da tecnologia ou uma cidade limpa, bonita e segura; quero deixar um recado: se nada disso voltar a acontecer, a culpa é sua!
Repito sempre que BH é uma cidade feia, suja, pobre e perigosa. Mas isso não é motivo para desânimo. Ao contrário, é razão para levantar do sofá e tomar alguma providência – e muita gente tem feito isso.
Eu vim para a Câmara por esse motivo, mas há quem tenha ido para a rua, quem tenha passado a participar da associação de bairro, quem se entregue à filantropia. Como diriam os mais velhos: quando o mato é muito alto, até foice cega faz estrago!
Por aqui é isso mesmo. Tem tanto a ser feito que pequenas iniciativas são capazes de resultados consideráveis – e, mais do que isso, são estímulos para que outras pessoas se engajem no processo de transformação da realidade.
BH pode voltar a ser tudo o que já foi, pode ser o que nunca foi e sempre prometeu ser – e pode até nos surpreender com novas caras e oportunidades. É uma questão de mobilização.
Está achando que seu bairro precisa de um “tapa”? Pare de reclamar e vá jardinar seu quarteirão – já tem gente fazendo. Quer mais segurança, menos barulho, melhoria do trânsito ou revitalização do seu bairro? Junte-se a quem já briga por essas bandeiras na associação do seu bairro. Quer tentar mudar a cidade e a forma como as coisas são feitas? Venha para a Câmara – por aqui, a cada 4 anos, temos 41 vagas abertas.
Opinião demais com ação de menos é caminho para frustração certa!
Por isso é que repito: casa se limpa é por dentro. Pode vir que a varrição já começou. Ainda que ela demore para chegar ao fim, só dá para terminar trabalho que a gente começa!
A melhor “simpatia” para nos levar ao sucesso, pessoal ou profissional, nas questões privadas e nas públicas, será sempre a mesma: cedo acordar, banho tomar e ir trabalhar!
A receita parece simples, mas é bastante eficiente, posso garantir. É que a maioria das pessoas, especialmente quando falamos de problemas públicos, prefere delegar em vez de assumir, delegar em vez de agir, acreditando no mito do Estado-pai, que vai resolver os nossos problemas. Isso, quando, basta olhar para ver: ele é capaz apenas de deixar as pessoas mais pobres e infelizes.
Mas esse não é um papel que os políticos nos devolverão voluntariamente. Teremos de todos nós nos tornarmos políticos, agindo sobre cada questão para construir, no caso concreto, as soluções que interessam às pessoas – e não aos carreiristas políticos!