Privatiza que resolve

08/10/2021 às 17:22.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:01

Essa era a resposta que eu dava a cada reclamação que ouvia, ao longo dos meus anos como vereador, sobre a falta de qualidade de um serviço público...  Mais uma provocação do que uma afirmação, meu objetivo sempre foi o de levar à reflexão sobre os limites da ação governamental, em geral, mas especificamente num país pobre, de governos descapitalizados.

Minha leitura geral do cenário mundial reforça a impressão como uma saída quase universal para a gestão dos serviços aos cidadãos, sendo evidente o sucesso dos modelos de privatização, concessão e parcerias, desde estradas e pontes pedagiadas, passando por escolas no formato charter, presídios e hospitais em PPP, parques concedidos e quase tudo o quanto demande investimento e gestão.

A verdade é que o Estado é um gestor ruim, por conceito – inflexível, lento e sem capacidade de investimento.

Por isso é que assistir ao início das grandes concessões em Minas me deixa entusiasmado. O primeiro foi o aeroporto da Pampulha. Depois de quase duas décadas de abandono ele foi concedido à iniciativa privada na última semana, alcançando mais de 2,5 vezes o lance mínimo e com um compromisso de investimento que supera R$ 150 milhões.

Ainda este ano teremos o Mineirinho, que estava praticamente fechado desde a reforma do Mineirão.

Na sequência, teremos os primeiros lotes rodoviários (Sul e Triângulo), que somam quase 1.400 km de estradas cuja conservação e gestão passam para a iniciativa privada.

No início do ano teremos ainda a concessão da Rodoviária de BH, seguida de mais lotes rodoviários. Em paralelo, as entidades filantrópicas que assumirão os hospitais regionais que estão sendo finalizados pelo governo (depois de quase 10 anos de abandono) já estão sendo selecionadas.

Na educação, Minas saiu na frente com o primeiro projeto escalável de parceria para gestão de escolas públicas por organizações sociais, ao mesmo tempo em que o Governo iniciou o maior programa de compra de vagas profissionalizantes para os seus alunos (75 mil apenas esse ano), o que garante qualidade de ensino, com oferta de cursos já testados pelo mercado.

O público e o privado ainda têm muito a realizar em conjunto, mas os passos dados em Minas trazem esperança e orgulho por representarem mudança efetiva na vida das pessoas, sem histeria ideológica ou disputa política.

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