Importantes mudanças ocorreram no governo de Minas que chamaram a atenção de todos que acompanham política no Estado: o deputado federal Bilac Pinto (DEM) deixou a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política. Em seu lugar foi nomeado Igor Eto (Novo), que era secretário-geral e é pessoa da mais absoluta confiança do governador. Ele é quem cuidará, agora, do diálogo com a Assembleia, com Brasília e com os demais poderes.
Para ocupar a Secretaria-Geral foi nomeado o vereador de BH, Mateus Simões (Novo), que foi coordenador da equipe de transição do governo Zema. Simões ficará responsável por fazer a coordenação interna das secretarias do governo e garantir que trabalhem como um time eficiente e harmônico.
São duas figuras do Novo sendo alçadas para funções estratégicas no Estado cujo trabalho envolve muito diálogo, interno ou externo. E justamente nesta mesma semana, o vice-governador Paulo Brant anunciou sua desfiliação do Novo dizendo que o fazia por considerar que o partido não estaria disposto a realizar coalizões que ele entendia necessárias para o resgate da grandeza e dignidade de Minas.
A coincidência dos anúncios fez parecer que uma coisa tinha a ver com a outra. Não tinha. A decisão de desfiliação do vice-governador já havia sido comunicada ao partido antes da nomeação de Igor e Mateus para suas novas funções no governo.
Já trabalhei com os três. Fui indicado por Mateus para ser interlocutor da equipe de transição junto à ALMG, atuei junto ao vice-governador no monitoramento da tramitação de projetos estratégicos e sempre tive no novo secretário de Governo, Igor Eto, meu mais próximo parceiro e interlocutor dentro do governo.
Conhecendo-os e vivendo de perto o governo, posso afirmar com tranquilidade que não há conflito, tampouco divergência de objetivos e sequer de meios no governo. Todos queremos o melhor para os 21 milhões de mineiros. Todos sabemos que o caminho para isso é a política. E todos sabemos que política é diálogo.
Diálogo que vai além de meramente tolerar as divergências e inclui buscar nelas as visões complementares que permitem detectar obstáculos ocultos para quem vê o mundo só de um ponto de vista. Diálogo que inclui reconhecer que somente abraçando a experiência do outro posso ir além do ponto para o qua minha experiência sozinha já me trouxe. Diálogo que respeita as diversas formas de fazer política, porque todas representativas das diversas pessoas e regiões que temos em Minas. E “Minas são muitas”. Há espaço para todos. Vamos renovar juntos.