Bom dia! Semana passada fiz aqui um convite para que comparecessem à audiência pública que aconteceria na Assembleia para discutir a reforma administrativa de Minas Gerais, da qual sou relator. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes. Três secretários de Estado compareceram para prestar informações, 16 deputados e uma representante do Ministério Público defenderam temas específicos e vinte e um cidadãos se inscreveram para falar e contribuíram com críticas e sugestões.
Os itens que dominaram a pauta foram a incorporação da Escola de Saúde Pública à estrutura da Secretaria da Saúde e a transferência da vinculação do Ipsemg da Secretaria de Planejamento e Gestão para a Secretaria da Fazenda, mas não foram os únicos assuntos abordados. Também se destacaram as intervenções feitas por profissionais da área do Turismo e do setor de audiovisual.
A audiência durou das 9h30 às 17h, com breve pausa para almoço. Ao final, ainda havia pessoas com ideias para apresentar e as recebi em meu gabinete para uma reunião que durou até as 19h.
Na sequência, me reuni com a equipe do poder executivo para tentar que as sugestões apresentadas fossem incorporadas à reforma e 52 alterações foram feitas no texto, evidenciando toda a abertura para o diálogo que o governo vem tendo na tramitação do projeto junto à Assembleia.
Hoje apresentarei meu parecer sobre a reforma na CCJ já incorporando as alterações no texto, para ser discutido e votado pelos meus colegas deputados amanhã. Sem vaidades, tendo humildade de ouvir e, quando for o caso, ceder, o objetivo tem sido um só: fazer o melhor projeto possível para ajudar a tirar Minas do buraco.
E por falar em buraco, uma coisa chamou minha atenção em algumas falas: as sugestões que determinadas ações não deveriam ser feitas porque a economia gerada com elas seria “só” de alguns milhões.
O rombo fiscal do Estado gira em torno dos R$40 bilhões, mas desde quando milhões viraram “só”? Não é justamente por estarmos tão no buraco que deveríamos economizar cada centavo possível?
Tenho a convicção de que cada centavo do dinheiro público tem que ser respeitado, independentemente de vivermos tempos de crise ou de fartura. É dinheiro tirado do bolso do cidadão, das mesas das famílias mineiras.
Tenho também a convicção que boa parte da crise que vivemos veio dessa mentalidade que diante dos números gigantescos do Estado, alguns milhões viram “só”. Precisamos mudar essa cultura, acabar com o desperdício, recuperar o foco. Cada detalhe faz diferença.
Cada centavo do dinheiro público tem que ser respeitado, é dinheiro tirado do bolso do cidadão