Professor WendelFormado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Professor universitário e deputado estadual pelo Solidariedade

Brasil no pódio

30/07/2021 às 16:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:33

Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão movimentando o Brasil e o mundo há duas semanas; desde o dia 23 de julho estamos vibrando, torcendo e nos emocionando com as disputas nas diferentes modalidades. As Olimpíadas nos deram um fôlego de esperança e patriotismo diante das incertezas impostas pela pandemia da Covid-19. A garra e o empenho dos nossos atletas mais do que nos inspiram, nos ajudam a resgatar o espírito de equipe, de união e otimismo tão necessários diante dos desafios que o Brasil e todo o mundo enfrentam.

É emocionante e contagiante ver o desempenho de atletas veteranos nas competições e ainda mais especial comemorar as conquistas de jogadores iniciantes, que parecem estar se divertindo nas disputas. A jovem skatista Rayssa Leal representou muito bem esse espírito leve e amistoso que deveria envolver não só os jogadores olímpicos, como todos nós. Nitidamente, Rayssa se divertiu, mostrou o seu talento com as brilhantes manobras no skate e se consagrou como a atleta brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. Aos 13 anos de idade, Rayssa Leal eternizou seu nome na história do esporte brasileiro e nos orgulhou com a conquista inédita da medalha de prata na modalidade skate street, mas especialmente acendeu em cada brasileiro o entusiasmo para a busca de sonhos. Mostrou com a doçura de uma menina apelidada de Fadinha que é possível chegar longe, saltar, se equilibrar diante dos obstáculos, ousar e conquistar vitórias.

As Olimpíadas de Tóquio têm sido uma vitrine importantíssima para colocar em evidência a garra das mulheres. Rebeca Andrade também fez história e conquistou a inédita medalha de prata para o Brasil na ginástica artística dos Jogos Olímpicos. A trajetória de Rebeca se assemelha a de tantos atletas que além da dedicação aos treinos, cuidados com a alimentação e físico, se recuperam de sérias lesões, aprendem a lidar com as dores, conseguem driblar as diversas dificuldades e ganham os aplausos do mundo.

É preciso suporte para que os nossos atletas possam competir em patamar de igualdade com os demais jogadores de outras nações. O governo federal tem sido o grande investidor do esporte, com investimento anual superior a R$ 750 milhões, considerando as destinações pela lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte. Mas ainda é preciso um novo olhar para o esporte e o reconhecimento do poder de inclusão das atividades esportivas. E por falar em inclusão, ainda estamos vivendo as emoções das olimpíadas, mas com o coração na expectativa para acompanhar os talentos da Paralimpíadas que começam no dia 24 de agosto. Seja nos Jogos Olímpicos ou Paralímpicos, o nosso pódio é a inclusão.

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