Diante de tantos desafios na hora de lidar com as demandas das pessoas com deficiência como ficam as pessoas cegas? Muito pouco tem sido feito para nivelar o acesso à coisas básicas como o simples ato de sair na rua e ir até uma agência bancária, por exemplo. Os empecilhos são grandes e se acentuam ainda mais com a desigualdade social e de renda. Ruas com desníveis, com pouca ou nenhuma acessibilidade, falta de identificação adaptada, funcionários sem ou com pouco preparo para atender bem esse público e até mesmo falta de estrutura dos sistemas de saúde e educação públicas para receber pessoas cegas.
Essa é uma realidade triste que pode acometer a todos. Por isso mais do que empatia, é uma questão de saúde pública, que exige políticas bem planejadas e executadas. Todo cidadão deve ter resguardado seu direito de ir e vir, não importando as circunstâncias.
Para refletir sobre essas e outras questões foi instituído o Dia Mundial do Braille, comemorado em 4 de janeiro. A Organização Mundial da Saúde estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas, em todo o mundo, tenha alguma limitação visual, por isso a importância de se conscientizar sobre importância da linguagem Braille e pensar estratégias para promoção dessa escrita inclusiva.
O nosso mandato como deputado estadual tem sido um parceiro da Associação de Cegos Santa Luzia que funciona no bairro Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte. A instituição oferece há 50 anos, acolhimento e assistência social para pessoas cegas de todo o estado de Minas Gerais. Há oferta de cursos e auxílio para inserção desse público ao mercado de trabalho. O nosso mandato destinou R$50 mil em recursos para obras de reforma da associação visando ampliar os horizontes e fortalecer as parcerias para atender essas pessoas. A união de esforços nos capacita para estruturar projetos e políticas públicas voltadas a reduzir as disparidades sociais que tem se revelado um grande divisor de águas na vida da pessoa com deficiência.