Professor WendelFormado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Professor universitário e deputado estadual pelo Solidariedade

Minas da solidariedade

07/02/2020 às 15:09.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:34

Retornarmos o trabalho em Plenário na Assembleia Legislativa, na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, e, mais uma vez, em clima de consternação. No ano passado, a posse dos deputados estaduais aconteceu em estado de luto, pela tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro, com quase 300 mortos. Um problema até o momento sem muitas soluções definitivas, com muitas pessoas fora de suas casas e de áreas onde mantinham plantações que garantiam o sustento de muitas famílias e da grande queda do comércio local. 

Neste ano, sob o signo de nova tragédia no mês de janeiro, os trabalhos retornaram, também em clima de consternação. Desta vez, por causa das fortes chuvas que causaram destruição na capital e em várias cidades do interior, registrando o triste número de mais de 50 mortes e centenas de famílias desabrigadas e desalojadas. 

Segundo especialistas, a prevenção de tragédias da chuva foi negligenciada em várias cidades, como a falta de fiscalização das construções em locais de risco, de uma infraestrutura urbana para enfrentar os períodos de fortes chuvas. Segundo urbanistas, a maioria das cidades que mais sofreram com as consequências das chuvas são aquelas que em seu planejamento urbano desconsideraram o curso da água, pois o ciclo natural é que os rios encham com o período chuvoso. 

Portanto, deixar que as áreas próximas sejam ocupadas causa os problemas de inundações. Outra questão é a ocupação desordenada em morros e encostas, que provoca muitos desabamentos. Isso está sendo muito observado e debatido aqui em Belo Horizonte por urbanistas, que mostram o pensamento vigente na nossa capital desde sua fundação, pois, já na planta, o projeto urbanístico – à exceção do Arrudas, ignorou a abundância de cursos de água na região. 

Assim, é necessário rediscutir a cidade e procurar executar obras para evitar tragédias com novas enchentes. Como se diz: é um trabalho “hercúleo”, mas que tem que ser discutido e planejado.

Mas, em meio a estas tristes tragédias, não podemos deixar de registrar o sentimento de solidariedade, que se fortalece mais ainda. Nessas duas grandes tragédias nos meses de janeiro em Minas, pudemos sentir a beleza desse sentimento. Foi uma união das pessoas em várias frentes, dando apoio às famílias afetadas, com doações e apoio moral pelas perdas de parentes, reacendendo nas pessoas a vontade de recomeçar. Um verdadeiro “exército” do bem que se juntou ao incansável trabalho dos Bombeiros, equipes de saúde, de logística, policiais civis e militares e outros.

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