Professor WendelFormado em Comunicação Social e Artes Cênicas pela UFMG. Professor universitário e deputado estadual pelo Solidariedade

Minas mais verde

01/10/2021 às 19:07.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:59

Somos ensinados desde a pré-escola que devemos respeitar o meio ambiente e a natureza,  por estes serem o nosso lar. Mas será que aprendemos a respeitar o meio ambiente e a reconhecer seu valor? Hoje, 4 de outubro, Dia da Natureza, vale dedicar um tempo à reflexão dos impactos do homem na natureza e seus efeitos colaterais.

Prezar pela natureza é prezar pelo presente e pelo futuro da vida humana, e aqui é importante destacar que a busca incansável por recursos esgota pouco a pouco a vitalidade da natureza, comprometendo a flora, a fauna, a produção de alimentos, a disponibilidade de água e, por conseguinte, a vida.

A extração desenfreada de recursos acelera o processo de degradação da natureza e a mineração predatória ilustra isso muito bem, quando destitui os animais de seus lares, mata a flora, apaga a cultura local e seca os lençóis freáticos. Aqui em Minas temos exemplos das investidas da mineração predatória e a Serra da Piedade exemplifica essa situação. O local é patrimônio histórico com valor inestimável e permanecerei me opondo a esse tipo de prática tão danosa em um patrimônio tão caro a Minas. Seja pelo observatório, pelo santuário, vigílias religiosas, pelos restaurantes ou simplesmente para vislumbrar a beleza da serra, cada mineiro tem um motivo para se apaixonar pelo local.

Quando falamos da vida, estamos falando da água e não podemos fazer vista grossa para o fato de a crise hídrica já ser uma realidade que desencadeia crises energéticas e ocasiona a escassez extrema de água em determinadas regiões, o que leva as pessoas a darem mais valor para cada gota d’água. Por que então esperar que se chegue a um estado crítico para começarmos a valorizar esse recurso tão caro à vida?

Pensando em valorizar os mananciais de Minas, seus afluentes e seus lagos, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) assinaram o termo para início do processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto. Com essa medida, o governo do Estado irá estabelecer diretrizes e perímetros para conservação e preservação dos lagos, assegurando assim o turismo, a piscicultura e o funcionamento da hidrelétrica, bem como a preservação das áreas. Todos ganham: os lagos e a população. Mais do que um reconhecimento do valor turístico e econômico da região, é uma importante medida de monitoramento e proteção do Mar de Minas. 

É um engano pensar que zelar pela natureza é uma tarefa apenas dos representantes políticos. É papel de cada cidadão adotar o uso consciente dos recursos, e assim, em um esforço coletivo, onde cada individualidade faz o seu papel, caminharemos rumo a um futuro mais verde.

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