A palavra “vício” pode ter várias definições. A Wikipedia define o termo como um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. A Organização Mundial de Saúde considera um vício como uma doença física e psicoemocional. Para a Psicologia, o vício é um mecanismo de fuga emocional em que o indivíduo obtém prazer e foge de sua dor. Existem vários tipos de vícios, que são prejudiciais à saúde em diferentes proporções.
A saúde da população tem que ser pauta prioritária da classe política, que deve criar leis em prol de uma vida mais saudável para as comunidades. Por isso, está tramitando na Câmara Municipal, um Projeto de Lei de minha autoria que proíbe a comercialização e a utilização do cachimbo conhecido como “narguilé” aos menores de 18 anos. Segundo o Ministério da Saúde, dois terços dos jovens entre 13 e 15 anos de idade já experimentaram alguma modalidade de vício e este tipo de cachimbo tem sido muito utilizado pela juventude.
O objetivo do Projeto é conscientizar pais e filhos sobre os danos que o narguilé causa à saúde das pessoas. Criado na Índia no século 16, o narguilé tornou-se popular em todo o mundo e sua utilização equivale a fumar 100 cigarros de uma só vez. Alguns estudos demonstram que a quantidade de nicotina inalada com o narguilé é pelo menos o dobro da inalada pelo consumo do cigarro normal, causando uma dependência ainda maior. Ao consumir o narguilé, além de absorver substâncias tóxicas, a pessoa inala os produtos da combustão do carvão utilizado para queimar o fumo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o consumo crescente do narguilé leva à dependência de nicotina, é porta de entrada para outras formas de tabaco e aumenta o risco para o desenvolvimento do câncer, assim como para doenças cardiovasculares e infecciosas, como herpes, hepatite e tuberculose.
Outro dado preocupante é a propaganda difundida pela indústria tabagista. Ao divulgar que o narguilé contém água para filtrar os componentes tóxicos e que traz um fumo especial, feito com tabaco, melaço e frutas ou aromatizantes confunde as pessoas. Mas, na realidade, segundo os médicos, o narguilé é, sim, prejudicial à saúde. Por isso, projeto semelhante a este acaba de ser aprovado em 2º turno em São Paulo. Isto demonstra a preocupação nacional em torno do assunto e, assim, vamos pedir prioridade na aprovação do nosso projeto aqui em Belo Horizonte. Nossos jovens precisam ser afastados de riscos como este vício do uso do narguilé.