Estamos vivendo a maior crise sanitária mundial pela qual as gerações ainda vivas já passaram. E, para sairmos dela, precisamos do apoio de todos.
A gravidade do coronavírus não está em sua taxa de letalidade, embora muitas pessoas lamentavelmente já morreram e ainda morrerão em decorrência do vírus. A gravidade está na sua altíssima taxa de transmissão, na inexistência de medicação para curar doenças virais e, devido à recente descoberta, na falta de uma vacina para nos proteger do vírus.
Caso não sejam tomadas medidas efetivas para reduzir o contágio, o número de pessoas que precisam de tratamento específico, como respiradores e UTIs, será muito superior à capacidade instalada de leitos nos hospitais. Isto levará ao colapso do sistema de saúde, como acontece na Itália e outros lugares do mundo.
Por outro lado, se medidas drásticas de isolamento forem tomadas antes da hora, a economia, que já sofre por nossos problemas estruturais e pelos efeitos do vírus, sofrerá ainda mais e por mais tempo. E uma economia colapsada também mata, tanto ou mais que o vírus.
Em primeiro lugar temos todos que estar conscientes e tranquilos em relação ao fato de que muitas pessoas que conhecemos (ou nós mesmos) serão infectadas pela Covid-19 nas próximas semanas. Não podemos nos desesperar nem agora e nem quando isso acontecer.
Agora é hora de agirmos com racionalidade, sem pânico, mas tratando o tema com seriedade e respondendo aos chamados dos órgãos responsáveis. Tenho acompanhado de perto o trabalho do Ministério da Saúde e do Governo Zema, e ambos estão muito bem assessorados, seguindo os melhores protocolos mundiais para lidar com o problema.
Para retardar a velocidade de contaminação do vírus, as medidas a se tomar são simples, mas requerem disciplina. Precisamos, desde já, evitar aglomerações e seguir a chamada etiqueta respiratória: lavar sempre as mãos, com água e sabão ou álcool gel, cobrir o rosto com um lenço ou com o braço ao tossir ou espirrar, não tocar o rosto e evitar o contato físico com outras pessoas. Apertos de mão, beijos e abraços ficam para depois do surto.
O cuidado deve ser maior no chamado grupo de risco, onde estão os idosos, pessoas com baixa imunidade e com deficiência respiratória, por exemplo.
Caso alguém de seu convívio seja diagnosticado com a Covid-19 ou você comece a apresentar sintomas como febre, tosse e coriza, fique em casa, se hidratando constantemente e redobrando o cuidado para evitar contato com terceiros. Hospitais só devem ser procurados no caso de dificuldade respiratória, pois são focos de contaminação.
Apenas se todos seguirmos esses passos com disciplina, conseguiremos minimizar as perdas de vidas e demais efeitos desta crise. Façamos cada um de nós a nossa parte.