Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

A polêmica Previdência Social

02/12/2016 às 20:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:55

O pacote da reforma da Previdência Social já tem data para chegar no Congresso Nacional. Tema extremamente polêmico, o projeto acumula críticas antes mesmo ter sido debatido com alguma profundidade. As entidades sindicais que têm encontro na segunda-feira com o governo são taxativas: a Previdência não é deficitária. É exatamente neste ponto que a equipe econômica sustenta a defesa para a reforma. A mentira, segundo os sindicato, tem o propósito de desmontar o sistema previdenciário.

Sinais

Para as entidades sindicais, nada justifica alterar a forma como é concedida a aposentadoria, pois qualquer mudança só vai prejudicar o trabalhador. Segundo o governo, a equação é simples: sem mudanças o sistema previdenciário quebra.

Na fila do emprego

Enquanto nos Estados Unidos a taxa de desemprego é menor que 4%, a menor em dez anos, no Brasil as previsões são as piores possíveis. Até o Banco Central é pessimista para 2017.

Outros números

As autoridades brasileiras admitem que são mais de 12 milhões de desempregados. No IBGE, os números são outros. Seriam 23 milhões de desempregados e subempregados.

Na ponta do lápis

Já está valendo a obrigação das instituições de ensino superior remunerar os bancos pelos custos da concessão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O novo modelo de remuneração trará economia de R$ 400 milhões ao governo federal em 2017. Hoje, são 731 mil contratos. Os bancos ficam com 2% do valor dos encargos educacionais.

Acarajé mineiro

O deputado Antonio Imbassahy (BA), líder da bancada tucana na Câmara, é um túmulo quando perguntado sobre a possibilidade de assumir a Secretaria de Governo. Nome citado para substituir Geddel Vieira Lima, o baiano usa a velha tática da política mineira do silêncio.

Big brother

Além os Estados Unidos, a força-tarefa da Lava Jato conversa com cerca de três dezenas de países sobre o esquema de corrupção. Dezesseis países pediram algum tipo de informação e o Departamento de Justiça (espécie de Ministério Público dos EUA) investiga 12 empresas.

À flor da pele

O presidente Michel Temer parece que também não escapou da paranoia que tomou conta da “escandalosa” classe política brasileira, segundo descreveu o New York Times, em sua edição de ontem.

Mosquito

Temer ficou muito nervoso ao ser perguntado sobre o pacote anticorrupção, assunto que tirou do sério o até então tranquilo Renan Calheiros (PMDB-AL). “Só falo de zika”, respondeu numa solenidade em São Paulo. No interior, zika também é um apelido para problemas.

Sonho, meu

Muitos mandatários latino-americanos invejam o angolano José Eduardo dos Santos. Há 37 anos no poder, disse que sai em 2017, mas vai indicar seu braço direito, o ministro da Defesa, João Lourenço.

Quem não teme...

Quem anda também com a pulga atrás da orelha por conta da Operação Lava Jato é o ex-governador do Distrito Federal, José Agnelo (PT). Foi ele quem autorizou as obras bilionárias do Estádio Nacional Mané Garrincha.

Coincidências

A preocupação tem um motivo concreto: a Andrade Gutierrez foi a responsável pelas obras do estádio para a Copa. A empresa também integrou o consórcio com a Odebrecht para modernizar o Maracanã. As duas empreiteiras, como se sabe, turbinaram o maior esquema de corrupção do Brasil.

Precisão suíça

A Aeronáutica previu que os corpos das vítimas do voo da Chapecoense chegarão às 8 horas na cidade de Chapecó (SC). São três aeronaves C-130 que pousaram ontem em solo colombiano exatamente às 17h36, como previsto.

Campo santo

O padre João Firmino passou um sufoco quando vândalos invadiram a Catedral Metropolitana de Brasília. Além de agredir verbalmente o pároco, quebraram vitrais, subiram na pia batismal e no altar da igreja desenhada por Oscar Niemeyer.

Ponto Final

Do cientista político André César Pereira - todo esse quadro tem como pano de fundo a crise econômica, que não dá sinais de recuar. O Natal de 2016 será triste para milhões de famílias, que empobrecem a olhos vistos.

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