Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Dória candidato em SP

28/06/2017 às 19:29.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:18

João Dória Jr. passou por Brasília, falou como prefeito, mas agiu como candidato: encontrou políticos de diferentes legendas e empresários. Aos entusiastas de seu nome para presidente, uma revelação: ele almeja o Governo de São Paulo na eleição de 2018. É o trato com o padrinho Geraldo Alckmin – que em janeiro será lançado por Dória nas prévias no PSDB como candidato ao Planalto. Caso Alckmin fique inviabilizado, tucanos lançarão o nome de Dória a tempo. Em almoço com empresários ontem, ele encerrou a palestra: “Contem comigo, como brasileiro e prefeito, por enquanto”.

Intensivão 

Dória visitou os presidentes da Câmara, do Senado e líderes do PSDB. À noite tinha jantar na casa do deputado Izalci, presidente do PSDB-DF.

Time

Embora negue em público que será candidato em 2018, Dória Jr. segue a linha de José Serra, que se elegeu prefeito, administrou dois anos, e se elegeu governador. 

Homenagem 

Marco Aurélio Costa, ex-dono do Piantela, fez almoço em homenagem a José Dirceu no domingo, em Brasília. O ex-ministro foi com a família e a inseparável tornozeleira.

Imperador 

Dirceu reencontrou os amigos que não o abandonaram – ao contrário dos que o bajulavam quando ministro. Ele revelou que leu, na cadeia, livros sobre Napoleão.

Joelho no queixo

Vai ter choradeira dos engravatados. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, enviou ofício para o presidente da Comissão de Orçamento, senador Dario Berger, solicitando alteração no Projeto de Lei que trata do Orçamento Geral da União para 2018. Foi claro e direto: que as passagens aéreas compradas por quaisquer instituições dos três Poderes sejam para a classe econômica dos aviões. 

Corte para valer

No ofício o ministro crava que a determinação valerá para todos, dos servidores federais até para chefes do Ministério Público, ministros do Executivo e das Altas Cortes; para deputados e senadores; vice e presidente da República. Vale inclusive para viagens internacionais. Veja o ofício neste link, < http://bit.ly/2s3a2Do > 

Mãos à obra

A categoria da infraestrutura nacional aguarda a sanção, e sem vetos, da MP 765/2016. Os artigos conferem autonomia e reais condições de trabalho aos servidores concursados responsáveis por toda a infraestrutura de grande porte do país. 

Os sem-noção

Apesar de não parecer, a vaga de ministro-substituto do TSE é muito disputada. Tanto que o advogado Erick Pereira, apesar de não compor a lista, tem sido alvo de ataques.

Voz do povo

Consulta pública realizada pelo Senado mostra ampla rejeição à reforma trabalhista: mais de 129 mil pessoas já se manifestaram contra a proposta e apenas 5.700 a favor.

Cabo de guerra

O presidente Michel Temer e a equipe econômica travam um cabo de guerra em meio à crise. Enquanto ele busca votos para derrubar a denúncia da PGR, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cobra no Senado votação da reforma trabalhista.

Cabo de guerra 2

Temer não vê “clima” para propor as alterações nas regras do PIS, da Cofins, do ICMS e do ISS. Mas o mercado tem pressa e precisa sobreviver, cobra a equipe econômica. Temer titubeia em chancelar a equipe econômica a enviar uma MP ao Congresso com mudanças nas regras do PIS e da Cofins. 

Meia-ponte, volver!

Olha a situação da ponte binacional Oiapoque (AP) - São Jorge (Guiana). A obra, após cinco anos pronta e sem uso, foi inaugurada sem festa em maio. Faz sentido. Só os guianeses podem atravessar para o lado brasileiro, sem serem parados. O daqui que se aventura a passar para lá é barrado nas guaritas, porque precisa de visto. 

Gigi consultor

Gilmar Mendes não gosta de jornalistas. Ele foi um dos protagonistas do fim da obrigatoriedade do diploma para a profissão, sem sequer visitar uma redação ou uma faculdade de comunicação, à época da votação na Corte. 

Ponto Final

“Esse pessoal enlouqueceu. É uma casta que se considera acima de tudo e de todos”.
Do líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), sobre a proposta da nova Lei da Magistratura com mais e amplas benesses financeiras para togados. 

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