Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Ex de político negocia delação com FBI

01/05/2016 às 20:46.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:13

A ex-mulher de um poderoso político brasileiro negocia delação premiada com o FBI dos Estados Unidos e a entrada no programa de proteção a testemunhas pelos próximos cinco anos. O caso envolve a descoberta de contas off shore com dinheiro de empreiteiras brasileiras, um fundo suspeito de ser de um pool de caciques partidários. A Embaixada dos EUA em Brasília já ofereceu proteção à mulher e quer enviá-la para Washington num jatinho. A documentação é bombástica e pega em cheio empreiteiras brasileiras por lavagem de dinheiro. Este é o alvo dos investigadores americanos. 

Follow the money
O dinheiro passou em contas dos EUA e hoje grande parte está em off shore de paraísos fiscais, comprovam documentos quentes nas mãos de advogados da brasileira.

Risco de morte
A ex do cacique contratou um dos maiores especialistas americanos em rastrear contas ‘sujas’ e descobriu o fundo. Muita gente em Brasília já não dorme, e ela corre risco.

Lá e cá
O FBI e a Justiça americana já obtiveram dados prévios e estão ansiosos para mandar a algema em executivos das empreiteiras brasileiras nos EUA. A situação vai chegar à PF.

Bom dia!
Assim que a mulher fechar a delação, o ex-marido se safa na lei americana pelo  Spousal Confidentialitty. Mas ele e os sócios vão ouvir um bom dia da PF às 6h aqui.

Pela Ordem
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faz um corpo-a-corpo com os colegas e pede quase encarecidamente que evitem discursos “inconvenientes” durante a votação do impeachment no plenário do Senado. Quer mostrar que a Casa tem classe. 

Sem oba-oba
Os petistas endossam Renan, para evitar a sangria maior da imagem de Dilma Rousseff. Da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR): “Será discussão mais qualificada sobre o mérito. Não vai ser como foi na Câmara, um oba-oba, uma gritaria”. Mas os suplentes sem votos querem brilhar para o País..

Defesa à míngua 
Enquanto o atual chefe da pasta prioriza a defesa de causa perdida, acendeu a luz amarela na Advocacia Geral da União. O órgão tem orçamento para se segurar até julho. Depois disso, dependerá de créditos suplementares por decretos presidenciais. 

Choque no saldo
O leilão de energia da última sexta foi um fiasco, um espelho do que o empresariado espera do Brasil. Foram só 278,5 megawatts em potência para venda futura. 

Recarga
Nem tudo está perdido. A GDF Suez para a América Latina decidiu investir 250 milhões de euros no Brasil em seu plano de negócios para os próximos anos. O presidente e o Conselho se trancaram por 15 dias para tomar as decisões.  

Aérea$
As aéreas estão praticamente falidas. A autorização do Governo para que as sócias estrangeiras aumentassem o capital até 49% deu sobrevida. A Gol é segurada pela americana Delta; a chilena Lan sustenta a TAM; e os chineses tocam a Azul. 

#Agoraénóis
Os senadores Agripino Maia (DEM) e Jucá (PMDB) se cruzaram num corredor e se abraçaram calorosamente. Jucá acabara de chegar de reunião com o vice Michel Temer e deu um aviso ao colega: “Temos que conversar muito daqui para frente”. Que medo!

Qual é a música?
O roqueiro Tico Santa Cruz pouco tem subido aos palcos como outrora. Anda ocupado com a militância pró-Dilma. “Vamos continuar lutando para unir ainda mais a esquerda”, disse, de passagem por Brasília.

Ponto Final
“É uma pessoa absolutamente carente de afeto. A pessoa quando é carente se ofende muito por qualquer coisa. Ele tem temperamento de uma prima-dona de ópera. Eu confesso que não acompanho o desempenho do governo dele”. Do ciumento Fernando Collor, sobre Itamar Franco, à época que o mineiro o sucedeu na Presidência da República após o impeachment.

*Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

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