Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Ministros de Dilma custarão R$ 1,1 milhão até novembro

05/06/2016 às 19:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:45

Sete ministros da presidente afastada Dilma Rousseff recorreram ao benefícios da lei nº 12.813 e conseguiram no Comitê de Ética do Planalto autorização para receberem salários integrais por seis meses a partir de junho. Jaques Wagner (Casa Civil), Aldo Rebelo (Defesa), Miguel Rossetto (Trabalho) e Valdir Simão (CGU) custarão aos cofres públicos R$ 720 mil até novembro – média de R$ 30 mil para cada, por mês. Outros três ex-ministros-tampões, com salários menores, sangrarão o Tesouro em até R$ 360 mil. O Comitê autorizou a quarentena a 16 ex-funcionários do alto escalão.

Interino$

Os ‘tampões’ Eva Chiavon (Casa Civil), Inês Magalhães (Cidades) e Carlos Gabas (Aviação Civil) terão salário de DAS 5, classe especial, de até R$ 20 mil.

Trio da pesada

Aldemir Bendine (ex-BB), Marco Aurélio Garcia (assessor especial) e José Lopez Feijó, da CUT, que estava no Ministério do Trabalho, também entraram no trem da alegria.

Na guilhotina

Os pedidos dos ex-ministros Edinho Silva (Secom) e Iriny Lopes (Mulher), ainda estão sob análise. Outros 22, todos eles comissionados de alto escalão, foram rejeitados.

Glossário

Desde 1º de maio, foram 127 pedidos de quarentena e 47 analisadas. O instituto proíbe que o ex-servidor assuma cargo no mercado que seja compatível com área em que atuou.

Sobrevida

A liminar do ministro do STF Celso de Mello a favor do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), ajuda todos os governadores contra investigações federais, empurrando a decisão para as Assembléias Legislativas em caso de investigação e indiciamento. O plenário do Supremo vai analisar a relatoria de Mello.

Blindagem caseira

Indiciado pela PF na Operação Acrônimo, Pimentel corre risco iminente de ser afastado por turma do STJ. A decisão liminar no STF cria, por tabela, uma blindagem prévia. A delação de Marcelo Odebrecht vai detonar mais de 20 ex e atuais governadores de Estados. Os que têm cargo caem nas mãos dos deputados aliados, em vez de delegados.

Fura-olho

Sereno em momentos de tensão, o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, saiu da praxe e ficou furioso com um assessor de empresa terceirizada que vazou para repórteres sua agenda internacional antes da hora. Suspeita da esposa do jornalista.

Nos trilhos

Na inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos do Porto do Rio, ontem, o prefeito Eduardo Paes lembrou o apoio da presidente Dilma. Não houve vaias. Nem palmas.

Renan perdeu

Temer e Renan duelaram para emplacar o(a) líder do Governo no Senado. Venceu Aloysio Nunes (PSDB), a mando do Planalto. Renan queria Simone Tebet (PMDB).

Perfis

Apenas uma única similaridade nos perfis de Dilma Rousseff e Michel Temer. À primeira denúncia contra subordinados, a ordem é demitir. Da cota de Dilma, caíram após a revelação de malfeitos Antonio Palocci (PT), Alfredo Nascimento (PR), Wagner Rossi (PMDB), Pedro Novais (PMDB), Orlando Silva (PCdoB) e Carlos Lupi (PDT).

Olho no pré-sal..

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, virou uma incógnita na empresa. É fato que havia uma quadrilha lá dentro, há anos. Mas falta dizer a que veio: se o pré-sal é do Brasil ou das petroleiras estrangeiras, que estão de olho na exploração.

..Outro no Congresso

José Serra conseguiu aprovar lei que exclui a Petrobras da obrigatoriedade de operar 30% dos poços; e o PSDB, agora Governo, é mui amigo dos americanos irmãos Koch, reis da exploração do xisto bituminoso, que estão de olho no mar atlântico sul.

Procuram-se..

..A UNE, UJS, Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre etc. Mal assumiu e o presidente Michel Temer, que pregava austeridade, aprovou alto reajuste dos milionários salários dos Três Poderes. E as ruas continuam num silêncio obsequioso.  

Ponto Final

“Amar sempre, temer jamais!”

Da senadora Gleisi Hoffman, do PT, em declaração de amor e ódio, num trocadilho de palavras no plenário.

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