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Mercado de tecnologias de fronteiras devem ultrapassar US$ 3,2 trilhões até 2025

Publicado em 04/03/2022 às 06:00.

De acordo com um levantamento da Infosys, líder global em consultoria e serviços digitais de última geração, o mercado de tecnologias de fronteira – um grupo de tecnologias novas que tem um potencial de impacto na sociedade- deve crescer de US$ 350 bilhões a US$ 3,2 trilhões até 2025. Nos últimos anos, temos visto uma rápida transformação digital dentro e fora das empresas, mas ainda há barreiras a serem superadas para fornecer serviços com mais qualidade e eficiência, especialmente no território brasileiro. 

Um recente relatório sobre tecnologia e inovação divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) explica que não existe uma definição única a respeito do que são as fronteiras tecnológicas, que podem ser compreendidas como tecnologias emergentes e em rápido desenvolvimento que aproveitam a digitalização e a conectividade para combinarem-se e multiplicar seus impactos. As principais são A, machine learning, robótica, redes 5G, big data e a já reconhecida Internet das Coisas (IoT). No entanto, o diretor sênior da Infosys no Brasil, Paulo Sérgio Rodrigues, ressalta que é preciso uma análise mais aprofundada a respeito da definição. 

“Não basta apenas analisar as barreiras que surgem com essas inovações. O desafio é conseguir vencer essas fronteiras para possibilitar que as tecnologias que já existem sejam utilizadas da melhor forma possível, provendo os recursos para os quais foram inicialmente criadas”, analisa o diretor sênior da Infosys Brasil, Paulo Sérgio Rodrigues. 

Para o executivo, as tecnologias de ponta podem trazer enormes benefícios para a sociedade e para o desenvolvimento de diversos mercados, como na agricultura, saúde, educação e energia, por exemplo. Abaixo, o diretor apresenta quais são as cinco principais barreiras impostas às tecnologias de fronteira e como vencê-las:
 
Compreensão do negócio
As empresas precisam trabalhar a mudança de mindset interno, entendendo que as inovações devem ser aplicadas para gerar valor e não apenas para redução de custos por meio da diminuição da mão de obra humana. 

Isso significa que é importante fazer uma aproximação da tecnologia com o business em si, pois a aplicação destes recursos em um conceito de laboratório terão um alcance limitado.

Qualificação profissional

Existe um gap de profissionais preparados para trabalhar com tecnologias de fronteira, especialmente com relação à IA. 

Para superar isso, é preciso ter recursos qualificados como a capacitação contínua, que permite que os profissionais sigam adquirindo conhecimento a respeito da área e em constante atualização de suas atividades. Um conceito bastante utilizado nas empresas é o de lifelong learning, ou seja, o estudo ao longo de toda a trajetória.
 
Regulação dos recursos existentes

Para que haja maior eficiência do uso das tecnologias de fronteira, é crucial a criação de normas para a regulação do assunto. Isso requer o envolvimento de órgãos públicos e privados para uma padronização das tecnologias, semelhante ao que já ocorre na Alemanha com a Academia de Ciência e Engenharia Alemã (ACATECH), criadora do conceito de Indústria 4.0, por exemplo.

Investimentos em recursos básicos

A adoção do 4G no Brasil, em termos de abrangência territorial, é um grande desafio a ser superado, pois tem como maior obstáculo o custo de infraestrutura.

Uma opção seria trabalhar com a instalação de redes privadas capazes de operar em regiões onde a concessão pública não alcança a um custo muito menor de instalação e operação. O investimento permitiria que, antes de expandir as instalações de 5G, fosse possível que a atual tecnologia 4G funcionasse em um território mais abrangente.

Atualização de estruturas

Com a chegada do 5G no Brasil, é necessário rever legislações e normativas a respeito da instalação de torres e demais infraestruturas para o fornecimento da tecnologia. 

Atualmente, conforme divulgado pelo Ministério das Comunicações, apenas 12 cidades brasileiras estão aptas a receber a nova rede, seguindo as diretrizes de adequação da Lei Geral das Antenas.

“Como especialistas, temos que agir de maneira consultiva, orientando, sob a ótica de negócios, qual o papel de cada demanda e as reais necessidades de cada cliente para alcançar seus objetivos. Além disso, prover programas de capacitação contínua precisa estar no DNA de qualquer empresa de tecnologia a partir de agora. Desde a contratação e treinamento de novas pessoas até grandes investimentos nos colaboradores que já fazem parte desse ecossistema. Será cada vez mais necessário prover os recursos para que as pessoas possam se desenvolver e enfrentar quaisquer barreiras impostas pelo avanço da tecnologia na nossa sociedade”, finaliza.

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