Ricardo RodriguesConselheiro da Abrasel-MG, Diretor do restaurante Maria das Tranças e da Cruz Vermelha, Mentor, Palestrante e Consultor Sebrae

Celebre, mas com consciência

Publicado em 25/11/2022 às 06:00.

Não com tanta pujança e brilho como em outras edições, teve início essa semana a tão aguardada Copa do Mundo no Catar com a participação de 32 seleções, a primeira fora de época. Ontem, inclusive, o Brasil entrou em campo, em um duelo contra a Sérvia, e agora nos aguardam Suíça, na segunda (28), e Camarões na próxima sexta-feira (2).

Como já disse logo no início do texto, apesar desta edição não ter a mesma energia de anos anteriores, não posso deixar de enfatizar que ela chega como um alento, uma chuva para extirpar ou pelo menos minimizar a polarização caótica que vivemos há pouco tempo por conta das eleições presidenciais. 

Essa edição da Copa, em especial, também tem um gosto muito peculiar para nós, donos de bares e restaurantes. Por acontecer no final do ano, será celebrada junto às festas de confraternização, o que deve trazer um incremento de até 30% nas vendas neste mês de dezembro em relação a novembro. 

Há, inclusive, empresas que estão fazendo cotações para celebrar o tradicional ‘encontro da firma’ no mesmo dia dos jogos da nossa Seleção. Tudo isso, claro, para otimizar tempo: já que vão parar o expediente em função das partidas, por que não usar esse momento de descontração para fazer a festa dos colaboradores?

O que só me preocupa, nesse contexto de festas, que sempre são bem-vindas (afinal elas fazem parte da essência do brasileiro), é o cenário de nova alta dos casos de Covid-19, provocados pela subvariante da Ômicron, a BQ1.1. Essa Ômicron, inclusive, é traiçoeira! Sempre dá as caras no final do ano para desestruturar as nossas esperanças. No finalzinho de 2021, a situação foi a mesma e culminou, inclusive, com o cancelamento de várias festas de Réveillon Brasil afora.

Agora, diante da imposição ao retorno do uso de máscaras no transporte público e unidades de saúde de Belo Horizonte, além da obrigatoriedade do acessório de proteção em aeronaves e aeroportos, o alerta novamente é aceso. 

Torço para chegarmos até o próximo Réveillon sem mais retrocessos. Não podemos dar cinco passos à frente e dez para trás. Para isso, conclamo a todos que continuem se cuidando e, principalmente, não deixem de atualizar a vacinação, afinal, o perigo ainda é iminente.
 
Temos que evitar a todo custo aquele pesadelo de 2020 e início de 21, onde chegamos a quase três mil mortes diárias, UTIs sobrecarregadas e índices de transmissão da doença elevadíssimos, que culminaram em períodos intensos de reclusão social.

Se o passado tiver que voltar, que voltem os dias de glória da Seleção Canarinho, como aqueles de 2002, quando conquistamos o penta no Japão. É essa festa que, novamente, queremos celebrar.

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