Fim de festa

É sempre um prazer para nós, que trabalhamos tanto ao longo do ano, poder dizer: passou o Enem. A prova deste ano, aparentemente a mais coerente de todas as últimas, deixa vários motivos para comemorar: o tema de redação (Desafios para a valorização de povos e comunidades tradicionais no Brasil), além de assuntos de extrema relevância tratados ao longo das questões fechadas: envelhecimento, violência contra a mulher, a questão do machismo nos esportes radicais. De uma maneira geral, o balanço é positivo e mais positivo ainda é o momento de redução de pressão que todos nós vivemos a partir de agora.

A sensação, neste momento, é de final de festa. As aulas diminuem muito, a intensidade delas também, mas não podemos, de maneira alguma entregar os pontos. É necessário ainda ensinar e entreter aqueles que ficaram na escola, em busca dos últimos pontinhos para garantir a aprovação, ou no pré-vestibular, de olho ainda principalmente nas faculdades paulistas. São poucos, mas merecem todo o nosso carinho e dedicação até dezembro. Confesso que fica até mais gostoso dar poucas aulas ao longo da semana. Dá tempo de preparar melhor o que vai ser dado, de pensar em cada etapa da aula e até mesmo de executar o plano com uma voz menos surrada da sequência interminável dos últimos meses e com melhores condições físicas, a não ser que você resolva, assim como eu, na redução da carga horária, colocar os treinos da academia em dia.

Confesso que fui bem relapso com as atividades físicas ao longo do segundo semestre. O acúmulo de aulas foi algo que sempre fez com que o treino deixasse de ser prioridade e agora voltei com tudo, mas ao mesmo a dor muscular é grande, pelo menos até o corpo se readaptar. Aproveitei também para marcar um dentista, para organizar a agenda para buscar um médico para fazer um check-up, algo impossível ao longo do ano. E olha que ainda tenho muitos compromissos na minha lista pessoal para colocar em dia, assim que as aulas terminarem de verdade.

No meio de todo esse turbilhão ainda estamos passando por uma Copa do Mundo. Um ano bastante atribulado esse 2022. Eleições e Copa, aparentemente o que mais mexe com as emoções dos brasileiros. Confesso que não sou apaixonado pela seleção brasileira, tenho até um relacionamento de pouco amor pelo nosso time, mas resolvi, com o tempo extra, acompanhar o que está acontecendo numa das maiores disputas esportivas do mundo. Aproveitei até para participar de um bolão. É assim…quando o professor tem tempo consegue até apelar para a diversão. Que absurdo!

Mas para não parecer que estou folgado demais, confesso que vivo um importante momento de planejamento para 2023. O objetivo dessa vez é tentar deixar os horários mais palatáveis para conciliar o lazer, a vida social, a família e o trabalho, que tanto amo. Enquanto os próximos meses passam, vou me divertindo, tentando fazer com que esse caminho pelo equilíbrio chegue o mais rápido possível.