Com a devida vênia, ao chamar o secretário de governo da Prefeitura Municipal de BH, Josué Valadão, de fujão, o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, extrapolou. Não precisava ir tão longe. E era uma discussão sobre o projeto da prefeitura para o aeroporto Carlos Prates. Mas acabou sendo interrompida com o secretário da prefeitura se retirando e dando fim à reunião.
Uma atitude de Gabriel que não coaduna com o seu comportamento elegante, sobretudo quando num ambiente em que o secretário da prefeitura estava em visita à Câmara Municipal. Na verdade, esse embate entre o secretário de governo da PBH e Gabriel Azevedo não é de hoje e se inscreve na disputa que trava com o prefeito Fuad Noman.
É uma briga que não começou hoje, mas destoa do comportamento lhano do presidente da Câmara, sempre muito simpático, sobretudo nas redes sociais.
Daí se estranhar o ataque frontal ao secretário Josué Valadão, cabendo ao secretário de comunicação da PBH o comentário nas redes sociais, ao transcrever o seguinte texto: - o dia hoje foi muito pesado. Nosso secretário Valadão foi fortemente atacado pelo presidente da Câmara Municipal. Extrapolou em muito a imunidade parlamentar”, disse José Luiz.
Na verdade, Josué Valadão foi uma espécie de bucha de canhão para o presidente da Câmara. A briga não é com ele, embora em alguns minutos da discussão pudesse parecer. A disputa é com o prefeito, que ainda não se definiu como candidato à reeleição. Mas deve se definir sim, no momento oportuno, se bem que esse momento é dele e de ninguém mais.
De qualquer forma, a disputa vai engrossando, mas Gabriel não deve perder a linha, até por que ele sabe a hora certa de dar o bote, até por que a Câmara aprovou recentemente uma lei que altera a Lei Orgânica do município com alterações que facilitam abertura de um processo de impeachment contra o prefeito. Ontem a PBH divulgou nota de repúdio à manifestação de Gabriel. E a Câmara também soltou uma nota de repúdio.
Mas quem está passando apertado mesmo é a deputada federal por São Paulo Carla Zambelli, que teria comprado os serviços de um hacker para invadir o Conselho Nacional de Justiça e teria até levado o hacker Walter Delgatti Neto até ao então presidente Jair Bolsonaro, numa tentativa de fraudar o resultado das urnas. Segundo Delgatti, o encontro com Bolsonaro foi intermediado por Zambeli.
Num outro front, a PF prendeu quinta-feira um fazendeiro, em Santarém. O fazendeiro disse que participou da invasão do prédio da Câmara dos Deputados, dia oito de janeiro, e confessou ter financiado um acampamento em frente ao Batalhão de Engenharia de Construção, em Santarém.
Durante buscas da PF, foi encontrado um contrato de compra e venda no valor de R$ 2,5 milhões. PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra um homem, de Belém do Pará, suspeito de propagar nas redes sociais – um terreno livre que precisa de controle – ataques a Lula. Presidente visitará Belém dia 8 para participar da Cúpula da Amazônia. É a segunda ameaça que Lula recebe da região do Pará.