No futebol, no momento de organização defensiva, possuímos, basicamente, duas formas de marcação: a zonal e a individual. Ambas possuem suas vantagens e desvantagens, além de possuírem variações, assuntos que não compõem o foco desta coluna.
Para identificar no jogo a utilização de cada uma destas formas de marcação, em primeiro lugar, é preciso entender quais as referências espaciais e dos adversários estão sendo adotadas. Naturalmente, caso o jogador adversário seja a principal referência, estaremos diante do famigerado “homem-a-homem”, ou seja, a marcação individual. Por outro lado, caso a proteção prioritária seja nos espaços do campo, podemos nomeá-la de marcação por zona.
Independentemente das vantagens e desvantagens que cada uma pode ter, é primordial alinhar as características dos jogadores à forma escolhida. É justamente aqui que precisamos discriminar o atleta com tendências à caça e o atleta com tendências a guardar o espaço. Uma bem humorada comparação pode ser feita com cães: pense em um cão feroz colocado para proteger uma casa em que vêem dois ladrões.
Ao primeiro que se aproxima, o cão late e se atira na direção do ladrão, deixando a casa desguarnecida. O segundo ladrão, espertamente, entra na casa e rouba. Em outro caso, podemos vislumbrar o cão guardião que simplesmente late ao primeiro ladrão, mas mantém-se na porta da casa, não a abandona. Entenderam? O cão guardião é o que marca por zona, enquanto que o de caça marca o homem.
Brincadeiras à parte, no futebol moderno é comum ver os times mesclando as duas formas de marcação, com variações. É preciso saber quando usar cada uma para se obter sucesso, atendendo a qualidade e características do plantel, o modelo de jogo adotado e também às peculiaridades do adversário.