Pesquisa realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas realizada entre os dias 20 e 24 de novembro, com 6.138 donos de pequenos negócios das 27 unidades federativas do Brasil, aponta que apesar de todas as dificuldades enfrentadas em 2020, a maioria dos empresários (63%) continuam otimistas e pretendem realizar investimentos neste ano.
De acordo com o estudo, os empresários pretendem aplicar seus recursos prioritariamente em: divulgação (13%), modernização de produtos e processos (13%), ampliação do atendimento ou capacidade produtiva (9%), ampliação do mix de produtos/serviços (9%), investimento em capacitação própria (6%) e reformas no estabelecimento (6%). O levantamento revelou que 27% dos empresários afirmam não ter condições de fazer investimentos em 2021 e 10% preferem guardar dinheiro para uma situação de emergência. “A pandemia trouxe o censo da necessidade da precaução para a rotina dos empresários, uma postura que passa a fazer parte do dia a dia dessas empresas. Acreditamos que esta foi uma lição que veio para ficar”, explica Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional.
Apesar dessa expectativa de investimento, a pesquisa mostrou também que houve, em novembro, uma queda no ritmo de recuperação do faturamento das micro e pequenas empresas. Pela primeira vez, depois de seis meses de uma retomada contínua, o faturamento médio registrou uma ligeira queda, passando de -36% em setembro para -39% em novembro. Houve ainda um crescimento da proporção de empresários que afirmaram estar com muitas dificuldades para manter o negócio em operação, índice que passou de 43% em setembro para 47% em novembro.
O levantamento confirma a necessidade dos empresários adotarem um comportamento mais direcionado para inovações em seus negócios como forma de driblar os obstáculos impostos pela pandemia. Entre setembro e novembro, cresceu de 39% para 43% o número de empresas que passou a oferecer um novo produto ou serviço, por força da crise. A pesquisa também apontou um aumento de 67% para 70% na proporção de empresas que aderiram a vendas através da internet, com utilização de aplicativos e redes sociais. De acordo com os entrevistados, o WhatsApp é a plataforma mais utilizada (84%), seguida pelo Instagram (54%) e Facebook (51%). A utilização de site da própria empresa cresceu de 18% para 23%, no período de junho e novembro.
Em relação ao crédito, 52% dos pequenos negócios buscaram empréstimo, sendo que 34% dessas tiveram o pedido aprovado pelas instituições financeiras. Já em termos de dívidas, 37% dos negócios possuem dívidas em aberto, mas estão com os pagamentos “em dia”; 31% têm dívidas em aberto e estão com os pagamentos atrasados e 32% não possuem dívidas.
E para os empreendedores brasileiros, como será o ano de 2021? Para Arthur Mota, economista da EXAME Research “não tem como 2021 não ser melhor do que 2020”. #entãovamospracima #2021jáchegou