Carnaval: a tecnologia a serviço da segurança dos cidadãos
O tema da segurança pública está sempre entre os três principais problemas citados pela população em pesquisas recentes. E por suposto em grandes eventos e aglomerações o tema ganha ainda mais evidência.
No carnaval deste ano, uma ferramenta tecnológica ganhou destaque com números positivos nas principais cidades que tiveram centenas, milhares de pessoas nas ruas.
Na Bahia, a tecnologia de reconhecimento facial localizou 42 foragidos nos cinco dias de Carnaval. A maioria tinha mandados por roubo, descumprimento de medida protetiva, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e dívidas de pensão alimentícia.
No RJ, 500 pessoas já foram presas pela Polícia Militar do Rio com o auxílio do sistema de câmeras de reconhecimento facial desde dezembro. No carnaval estas câmeras auxiliaram na identificação de 13 pessoas, que acabaram presas.
Em Pernambuco, a Operação Carnaval 2025 prendeu quatro foragidos da Justiça por crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas. As câmeras digitais, equipadas com Inteligência Artificial (IA), enviaram imagens em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle Estadual que acionaram agentes de segurança para ação.
Em São Paulo, o Smart Sampa, considerado o maior programa de monitoramento por câmeras da América Latina, conta com 23 mil câmeras de reconhecimento facial colocadas em pontos estratégicos de São Paulo. A ferramenta já levou à prisão 771 criminosos foragidos da Justiça desde julho de 2024, além de possibilitar outras 1.975 prisões em flagrante
No carnaval deste ano, a prefeitura de São Paulo implementou pela primeira vez este sistema, que resultou na prisão de ao menos 11 criminosos foragidos. Entre os detidos, estavam pessoas procuradas por falta de pagamento de pensão alimentícia, tráfico de drogas, lesão corporal, roubo, receptação e homicídio.
Segundo o comandante de Operações da 6ª Companhia do 1º Batalhão da PMMG, tenente Hamilton Silva, “os drones têm uma câmera ligada a um programa, que possui um banco de dados com essas informações de mandados de prisão e pessoas que estão cumprindo medidas judiciais. Uma vez captada a imagem do indivíduo, a câmera consegue apontar se ele está em desfavor com a justiça. Em seguida, a informação é sinalizada para um militar que acompanha essas informações, e esse agente as replica para as viaturas em serviço. As viaturas então se deslocam de forma célere até o alvo”.
Para aprofundar nesta relevante temática, o Grupo LIDE MG realizará no próximo dia 18 de março na Fundação Dom Cabral no Alphaville, em Nova Lima, um importante evento para prefeitos e convidados, em que serão apresentados casos exitosos em Minas do uso de tecnologia em prol da segurança pública pelos prefeitos João Marcelo, de Nova Lima, Paulo Ney, de Poços de Caldas, e Paulo Sérgio, de Uberlândia.
Na programação também consta um painel com o Coronel Maurílio Nunes, Subsecretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope). E em outros dois painéis maior detalhamento das ferramentas de reconhecimento facial e mecanismos de financiamento pelo BNDES para implantação destas indispensáveis tecnologias.