Sim, concordo com você. Não está fácil. O mundo atual insiste em nos bombardear diariamente com notícias e fatos com enorme potencial para nos deixar pra baixo, desanimados, que sugam nossa energia como causa para nossa vulnerabilidade.
Interessante matéria da jornalista Katherine Kam, no The Washington Post do último dia 6 de maio. Intitulada “Your brain is biased to negativity. Here’s how to be more positive” (Seu cérebro é propenso à negatividade. Aqui está como ser mais positivo). Abaixo principais partes:
“Um colega de trabalho lhe surpreende com um cookie de chocolate, mas outro membro da equipe critica seu relatório. Com o passar do dia, é mais provável que você se detenha mais na crítica do que no ato de gentileza.
Eventos negativos parecem psicologicamente mais intensos do que os positivos graças a uma tendência cognitiva chamada de viés de negatividade. Isso se aplica mesmo quando os eventos têm o mesmo peso.
“Simplificando, o ruim é mais forte que o bom. Respondemos com mais intensidade a coisas que podem nos ferir ou prejudicar do que àquelas que podem nos beneficiar”, diz Catherine Norris, professora associada de Psicologia e Neurociência no Swarthmore College.
Em contraste, “os homens exibem um viés de negatividade menor, possivelmente incentivando comportamentos mais arriscados”, escreveu Catherine em seu artigo de revisão.
No entanto, pessoas com “um viés de negatividade muito alto” correm o risco de “níveis extremamente altos de ansiedade”, pondera Catherine.
“Nossa pesquisa mostra que, quando pensamos em informações negativas, essa maneira de pensar tende a permanecer em nossas mentes e resistir a tentativas subsequentes de mudá-la.”
Aqui estão algumas maneiras baseadas em pesquisas para gerenciar o viés de negatividade:
Tente voltar sua atenção para o positivo. Emma frequentemente vê pessoas atoladas na negatividade. “Quando elas expressam o problema que estão enfrentando, costumam usar uma linguagem como: ‘Tudo está horrível, o mundo está pior do que nunca, meu casamento é um desastre completo’”.
Quando nossos cérebros priorizam o negativo, podemos tentar “mudar ativamente nossa atenção para outra coisa, porque a atenção é nosso maior superpoder”, ensina Emma. Por exemplo, se você está remoendo a crença de que seu marido não consegue fazer nada direito porque ele se esqueceu de levar o lixo para fora, corrija seu viés lembrando que ele acabou de lavar roupa. “Precisamos começar a perceber isso porque há coisas boas em todos os lugares ao nosso redor. Muitas vezes, somos cegos a isso por causa do nosso viés de negatividade”, ela diz.
Crie o hábito da gratidão. Reserve um horário todos os dias para anotar algumas coisas pelas quais você é grato, orienta Emma. Nomear o que você aprecia “ajuda” a treinar seu cérebro para um novo hábito.
Conecte-se com outras pessoas de forma construtiva. Às vezes, quando ruminamos sobre coisas negativas, ficamos muito focados em nós mesmos. Encontrar maneiras de ajudar os outros pode ser um atalho para romper com esse foco em nós mesmos e nos fazer sentir melhores”.
Comecemos a exercitar para mudarmos a propensão à negatividade do nosso cérebro para pensamentos positivos. Nossa saúde agradece!