Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

Meta: Minas como grande referência do Montain Bike

31/07/2020 às 19:28.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:10

Dois grandes desafio dos gestores públicos no pós-pandemia para recuperação econômica e social são identificar vocações a serem potencializadas e agregar de forma sinérgica e pró-ativa outros entes federativos e o segundo e o terceiro setor com metas claras, factíveis e planejamento adequado.

Minas Gerais, com suas montanhas, paisagens e geografia singular, vem aumentando de forma representativa os praticantes de montain bike, com cerca de um terço dos praticantes nacionais. 

Neste período de pandemia e quarentena, estoques e equipamentos relacionados ao ciclismo foram enviados do Rio e de SP para suprir o aumento da demanda em Minas. Os praticantes detectaram aumento considerável de carros nos precários estacionamentos das trilhas do entorno de BH. Fatos mais que indicativos de um enorme potencial a ser explorado, aliando prática esportiva, fortalecer o turismo de aventura além do ciclismo, saúde, divulgação do nosso patrimônio cultural material e imaterial, geração de emprego e renda.

Um estudo de grande magnitude intitulado “Projeto Trilhas”, de autoria de Frederico Lanna e Christian Wagner, ciclistas premiados em competições e estudiosos do tema em âmbito nacional e internacional, apresenta cases internacionais de sucesso, como na Escócia, Austrália, África do Sul e Whistler, no Canadá, com resultados expressivos para o turismo, preservação ambiental, para a economia criativa e geração de emprego e renda local e regional.

O mesmo estudo faz uma análise da atividade em Minas Gerais, dispondo de forma certeira, especificamente, na região metropolitana de BH. Trata-se de área com a mais uma vasta rede de trilhas conectadas do mundo, sendo 380 km tombados, conforme decreto municipal de Nova Lima, conectando distritos e cidades do entorno. 

Como desafio principal, o estudo aponta o seguinte: “transformar a nossa rede de trilhas em formatos sustentáveis, confiáveis e organizadas para que atenda a todos os públicos, atraindo cada vez mais adeptos ao esporte e turismo interno e externo”. 

Uma das fraquezas a ser trabalhada: o fato de ter a região trilhas sem planejamento, sinalização precária e frágil estrutura de acesso no que se refere a estacionamento e alimentação, por exemplo, dentre outras fraquezas.

Precisamos agir rápido, de forma coesa, objetiva e focada. Partindo do entorno de BH e depois expandindo para diversas regiões do Estado, sempre fortalecendo parcerias do governo do Estado com o Ministério do Turismo, prefeituras, poderes legislativos, empresários, mineradoras, praticantes e entidades da sociedade civil.
O pós-Covid determina um grande desafio para todos no sentido de fortalecer o sentimento de pertencimento e a qualidade de vida dos cidadãos, com políticas sustentáveis e conectadas com o anseio de todos. 

Condições e análises prospectivas e perspectivas sinalizadas, avancemos na meta de posicionar Minas como referencia nacional e internacional do montain bike e do turismo de aventura.

  

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