Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

Principais nomes ao Governo de Minas e ao Senado para as eleições 2026

Publicado em 08/08/2025 às 06:00.

Para os mais distraídos e alienados, ano que vem teremos eleição! Sim, momento da maior importância para o país, em que daremos procurações a outros para atuarem em nosso nome, como Presidente e Vice, Governador e Vice, 2 Senadores por Estado, e no caso de Minas 53 deputados federais e 77 deputados estaduais.

Sem dúvida momento de extrema importância para o Brasil, mesmo reconhecendo que nosso Estado Democrático de Direito precisa e muito ser aprimorado e fortalecido, em seus diversos fatores, a saber: independência e separação dos poderes, um Executivo que gestione com eficiência, um Legislativo que realmente legisle e fiscalize e um Judiciário que julgue em conformidade ao império da lei, além de maior participação cidadã com aprimoramento de ferramentas de controle, transparência e coesão social.

Importante dispor que em detrimento da conjuntura política atual, tanto interna quanto no imbróglio rocambolesco nas relações com os Estados Unidos de Trump, o processo decisório do xadrez eleitoral será antecipado. Nesse diapasão, teremos nos próximos 60 dias movimentações representativas no tabuleiro nacional e nos estados.

 Especificamente no cenário mineiro, em relação às eleições majoritárias, as movimentações de bastidores indicam os principais nomes e os prováveis mandatos que poderão disputar. 

O cargo em si pode ser alterado, mas os nomes a seguir seguramente estão no momento na prateleira de cima para postulações, podendo por suposto deixarem o tabuleiro por qualquer motivo ou ainda surgir excepcionais novidades não constantes na seguinte relação: Mateus Simões (governador), Cleitinho (governador), Rodrigo Pacheco (governador), Tadeu Leite (governador, vice ou senador), Jarbas Soares (governador), Marília Campos (governadora, vice-governadora ou senadora), Kalil (governador ou senador), Carlos Viana (senador), Alexandre Silveira (senador), Marcelo Aro (senador), Euclydes Pettersen (senador), Domingos Sávio (senador), Eros Biondini (senador), Edésio de Oliveira, pai do Deputado Nikolas Ferreira (senador), Reginaldo Lopes (senador), Flávio Roscoe (senador ou vice-governador).

Dois pontos devem ser levados em conta. Primeiro que uma candidatura majoritária não é uma decisão do eu sozinho. Aquele que atua em voo solo naufraga já na pré-campanha. As candidaturas competitivas ao governo, vice e ao Senado são uma construção que envolve um projeto político de um grupo e de partidos, com uma estratégia em total sintonia e definida ao fim e ao cabo pelas direções nacionais partidárias.

E segundo, todos os nomes citados acima ou estão atuando para a fumaça branca em torno de seus respectivos nomes ou estão sendo instados por partidos, segmentos políticos ou econômicos para estarem na urna eletrônica como candidato majoritário. 

Nesse diapasão, como dito anteriormente, alguns dos nomes dispostos nesta coluna ficarão pelo caminho em agosto, setembro, ou mais para o final do ano. Outros virarão o ano já como pré-candidatos mais consolidados. Cenário totalmente definido mesmo só após as convenções partidárias e o registro das candidaturas na justiça eleitoral. 

Indefinições maiores mesmo para os candidatos a vice governador e ao Senado, pois até as palmeiras da Praça da Liberdade sabem que a disputa ao governo estará, salvo por surpresa absoluta, entre Mateus Simões, Rodrigo Pacheco (caso não tenha êxito na conquista da vaga ao STF na vaga de Luís Roberto Barroso, prestes a aposentar, e confirme sua candidatura), Cleitinho, Jarbas Soares, Marília Campos (caso Pacheco não dispute, desponta com potencial político e eleitoral pela esquerda), Kalil ou Tadeu Leite. 

Um fato, e não uma opinião que merece registro, é a dificuldade do campo da esquerda de lançar um nome competitivo ao governo do Estado. Têm até o momento como plano A um nome “emprestado” da centro-direita, no caso o senador Rodrigo Pacheco, que construiu sua trajetória política neste campo ideológico e que posteriormente caiu nas graças de Lula e da esquerda no Estado.

Por fim, será uma campanha dura, em que planejamento estratégico e assertivo será fundamental para conquistar a mente e o coração da maioria dos quase 17 milhões de eleitores das Minas Gerais.

Boa sorte aos candidatos e a nós cidadãos mineiros!

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