Cada vez mais crescente no ambiente profissional um fenômeno que leva à queda de desempenho, redução da produtividade pelo colaborador. Este é o quiet cracking (em tradução literal, quebrando em silêncio), caracterizada pelo desengajamento de profissionais no ambiente laboral.
Segundo matéria da Forbes, “o termo descreve a experiência de profissionais que se sentem presos em seus empregos e não conseguem sair pela falta de opções melhores, porque dependem do salário ou temem que outra posição ofereça os mesmos problemas”.
A situação atual assusta e impõe medidas efetivas e rápidas pelas empresas. “Segundo uma pesquisa da TalentLMS, plataforma de gestão de aprendizado baseada em nuvem, que ouviu 1.000 profissionais nos EUA em março deste ano, 54% deles descrevem sua relação com o trabalho como quiet cracking”.
De acordo com um relatório da Gallup deste ano, apenas 1 em cada 5 profissionais no mundo se sente realmente engajado. “Esse cenário tem um impacto financeiro relevante: mais de US$ 400 bilhões para a economia global.
A seguir, veja os sete comportamentos mais comuns de “quiet cracking” que prejudicam a produtividade, segundo a Forbes:
“1. Insegurança devido à falta de treinamento: A pesquisa mostra que profissionais que não receberam treinamento no último ano têm 140% mais chances de se sentirem inseguros sobre seus empregos. Isso se manifesta como hesitação em assumir novas responsabilidades, relutância em contribuir com ideias e evitar projetos desafiadores.
2. Ambiguidade de função e expectativas pouco claras: Dados indicam que 15% dos funcionários não compreendem claramente seu papel em ambientes de trabalho orientados por IA. Profissionais sem direcionamento claro tendem a realizar apenas tarefas familiares, evitando novas responsabilidades que poderiam aumentar a produtividade e a progressão da carreira.
3. Sobrecarga devido à má gestão da carga de trabalho: A pesquisa revela que 29% dos funcionários relatam cargas de trabalho insustentáveis. Essa sobrecarga contribui diretamente para o quiet cracking, pois até os membros os profissionais mais dedicados se esgotam quando enfrentam demandas persistentes sem os recursos adequados.
4. Isolamento e falta de suporte: Os primeiros sinais visíveis de quiet cracking aparecem como redução da colaboração e afastamento das interações em equipe. Esse isolamento cria um ciclo perigoso: funcionários menos conectados participam menos, aumentando a sensação de solidão e corroendo a produtividade.
5. Medo e confusão em relação à IA: Uma pesquisa recente do Pew Research aponta que 52% dos profissionais se preocupam com o impacto futuro da IA no trabalho, e 32% acreditam que a tecnologia reduzirá oportunidades de emprego a longo prazo. Esse medo leva à relutância em adotar novas ferramentas, evitar oportunidades de aprimoramento, acumular conhecimento para parecer indispensável e aumentar faltas.
6. Incerteza na carreira e estagnação: O estudo mostra que 82% dos funcionários se sentem seguros em seus cargos atuais, mas essa confiança cai para 62% quando questionados sobre o futuro na empresa. A desconexão entre segurança no curto prazo e sucesso a longo prazo favorece o quiet cracking.
7. Desconexão da liderança e preocupações não ouvidas: Quase 50% dos funcionários que vivenciam o quiet cracking relatam que seus gestores não escutam suas preocupações. Essa falha de comunicação impede intervenções precoces, criando pontos cegos até que o desengajamento impacte o desempenho e a produtividade”.