Em sentido inverso ao profissional incompetente e daquele que ocupa posto de liderança sem mínimas habilidades de gestão e de inteligência emocional, mas que se acham superiores e maiorais, a Síndrome do Impostor é um desvio psicológico caracterizado por alguns comportamentos pessimistas em relação a si e suas conquistas.
Segundo publicação da Frontiers in Psychology, “representa a tendência de sentir que você não é tão competente profissionalmente quanto sua experiência, treinamento, prêmios ou opinião de outras pessoas sugerem”.
Conforme matéria postada no portal do médico Dráuzio Varella, “Sentir-se inseguro faz parte da natureza humana. Em uma realidade na qual somos cobrados o tempo inteiro para sermos os melhores em tudo, há pouco espaço para erros e deslizes. Mas e quando a insegurança se torna constante? E, pior, não condiz com a realidade? Essa é a sensação vivida por quem lida com a síndrome do impostor, nome dado para quando uma pessoa bem-sucedida acredita ser uma fraude e credita seu sucesso e avanços à sorte e outras coincidências”.
Conforme postagem da urcamp, “O termo foi utilizado pela primeira vez em um estudo de 1978, realizado pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes, na Universidade Dominicana da Califórnia, chamado “The Impostor Phenomenon in High Achieving Women: Dynamics and Therapeutic Intervention” (O fenômeno do Impostor em mulheres bem sucedidas: dinâmicas e intervenções terapêuticas).
Neste estudo, as pesquisadoras entrevistaram 150 mulheres bem-sucedidas e constataram que 70% delas já haviam se sentido uma fraude no ambiente de trabalho.
Neste diapasão, recente matéria da conceituada Forbes dispõe de um estudo que aponta dez sinais que uma pessoa com a síndrome do impostor costuma ter, a saber:
- “Autoestima em xeque: Baixa autoestima e um alto grau de neuroticismo, que é a tendência a ter facilmente emoções negativas (depressões, sentimento de culpa, inveja, raiva, ansiedade, entre outros) ante eventos comuns da vida.
- Os culpados. Elas também atribuem seus sucessos a fatores externos, como sorte ou acaso, enquanto falhas ou feedbacks negativos são atribuídos a fatores internos, como falta de inteligência ou potencial.
- Honestidade e humildade. O menor senso de honestidade combina com a sensação de se sobrecarregar e fingir competência. Sobre a modéstia, impostores são muito modestos até para expressar sua modéstia.
- Autodúvida. Pessoas com síndrome do impostor duvidam exageradamente de si e tendem a definir metas muito altas ou muito baixas para si mesmas. Metas muito baixas não representam desafios, e metas muito altas raramente são alcançadas, o que permite atribuir falhas a fatores externos.
- Competência em dúvida. A tendência de duvidar das próprias habilidades e ter medo do fracasso, mesmo quando o fracasso poderia te enriquecer profissionalmente.
- Procrastinação. Tendência de procrastinar no trabalho.
- Alienação. Uma sensação de falsidade ou isolamento de si mesmo.
- Divergência de auto-outro. Achar as expectativas dos outros em relação às próprias habilidades consideravelmente infladas.
- Ambição. Constante necessidade de ser bem-sucedido e alcançar algo significativo.
- Necessidade de simpatia. Valorizar muito ser querido por outras pessoas”.
E então, você sofre ou já sofreu da Síndrome do Impostor?