Irlan MeloAdvogado, teólogo, professor universitário e vereador de BH eleito para seu segundo mandato como o 8° vereador mais votado de BH

BH 2024: dengue, carnaval e ônibus estragados

05/02/2024 às 06:05.
Atualizado em 05/02/2024 às 11:02

O recesso parlamentar da Câmara Municipal terminou na quinta-feira, dia 1º de fevereiro, mas quem me acompanha sabe que eu e minha equipe não paramos. Isso porque temos muito o que fazer pela nossa cidade.

Após 20 anos, o tipo 2 da dengue voltou a circular em Belo Horizonte e a cidade está à beira de uma epidemia – quando se tem mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes – na cidade. A informação foi divulgada pelo secretário municipal de Saúde, Danilo Borges.

Hoje, Belo Horizonte tem 947 casos confirmados de dengue e outros 5.781 suspeitos. Já a febre chikungunya tem 59 confirmados e 133 em investigação. Não há casos de zika.

E esse número tende a aumentar com a chegada do carnaval, data em que as pessoas ficam mais “relaxadas” com os cuidados. Falando em carnaval, precisamos assegurar a paz e o sossego dos belo-horizontinos que não estão muito a fim desse tipo de festa.

Com mais de 500 blocos em 2024, Belo Horizonte se consolida como um dos principais destinos para quem quer curtir o carnaval de rua no Brasil. Entre os dias 27 de janeiro e 18 de fevereiro, quando a festa acontece, 5,5 milhões de foliões devem passar pela capital mineira.

A folia divide opiniões: há aqueles que querem mais é aproveitar e pensam que a festa é importante para a cidade e aqueles que avaliam os danos e os prejuízos causados. Gasto do dinheiro público, vias interditadas, assaltos, lixos nas ruas e hospitais lotados são apenas algumas das consequências do evento.

Sem contar a grave crise que passamos no transporte público. A prefeitura tem peito para fazer uma festa dessa proporção, mas não tem para proporcionar o mínimo de dignidade para o povo que depende dos ônibus que tem uma das passagens mais caras do Brasil e os ônibus mais destruídos. Uma vergonha pra nossa cidade!

Essa inclusive é uma das prioridades da Câmara Municipal nesse começo de ano. A expectativa é que o projeto de resolução que susta os efeitos das portarias que aumentaram o preço da passagem seja aprovado em março, fazendo a passagem voltar imediatamente para R$ 4,50.

Quem me acompanha sabe da minha luta pelo transporte público. Desde o começo do meu mandato tenho defendido e lutado pelos ônibus suplementares que corriam o risco de serem extintos por aqui e tenho fiscalizado linhas de ônibus. Fiz vários encaminhamentos e denúncias à prefeitura que sempre passou pano para as empresas de ônibus.

Mas em ano de eleição o prefeito decidiu agir. Pelo menos parece. Desde a semana passada, quando a Prefeitura anunciou a adoção de uma política de Tolerância Zero em relação às empresas de ônibus, já foram vistoriados 22 ônibus e detectadas 52 irregularidades.  A PBH também ajuizou 274 ações de execução fiscal envolvendo 27.707 multas aplicadas a empresas de ônibus que descumpriram cláusulas contratuais.

Sigo acompanhando, cobrando e fiscalizando.

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