A prefeitura de Belo Horizonte continua com suas controversas prioridades.
Primeiro foram os quase R$ 25 milhões gastos no Carnaval desse ano, dinheiro que poderia ser investido na construção, reforma e melhorias em escolas, centros de saúde e no transporte público.
Depois eu pedi informações oficiais da PBH sobre a destinação do gin e da cerveja que foram permutados para o carnaval. Demorou, mas o prefeito se pronunciou. Porém, a resposta não poderia ser mais hilária: a prefeitura, em nota, disse que vai distribuir R$ 250 mil em bebidas alcoólicas em festas promovidas na cidade.
Segundo a Belotur, a distribuição dos produtos deverá acontecer no Arraial de Belô e no TIGA (Temporada Internacional de Gastronomia). Os produtos, porém, não devem chegar nas mãos da população. Pelo que respondeu a Belotur, eles devem ser distribuídos para empresários, convidados e influenciadores.
Inacreditável, né? Mas ainda tem mais! A Prefeitura de Belo Horizonte pretende gastar R$ 65 milhões durante o ano com anúncios publicitários. Valor maior do que os R$ 63 milhões que serão gastos em merenda escolar. Isso, mesmo com as denúncias de pais que afirmam que os pequenos têm voltado para casa com fome porque a Prefeitura estaria promovendo um corte de volume de comida. Fotos mostraram as crianças comendo pedaços de ovo e pedacinhos de carne. Repetir, de acordo com os pais, é proibido!
Em sua conta no Twitter, o prefeito Fuad anunciou a abertura de uma “sindicância” para apurar o caso. Mas até hoje não deu nenhum retorno para a população. Irei tomar as devidas providências para averiguar o caso e tentar fazer com que o prefeito Fuad se atente para as reais necessidades do município.
Nas UPAs, pacientes esperam por mais de cinco horas por atendimento e muitas vezes vão embora sem se consultar. O transporte público continua com os velhos problemas e só não colapsou graças ao enérgico trabalho da câmara que aprovou recentemente importantes projetos que irão melhorar e muito a situação.
Nas EMEIs, além da denúncia das merendas, as vagas disponibilizadas ainda não são suficientes e ainda houve recentemente a suspensão de contratação de psicólogos para atuar nas escolas municipais.
Não dá para saber em que o prefeito quer transformar nossa cidade. O que já sabemos é que a educação, a saúde e o transporte público não são importantes para ele. A prioridade mesmo é bancar festas e se autopromover através de propagadas, porque cuidar da população, pelo visto, está fora do escopo de trabalho da prefeitura.
Seguimos fiscalizando e cobrando.
Advogado, teólogo, professor universitário e vereador de BH eleito para seu segundo mandato como o 8° vereador mais votado de BH