Irlan MeloAdvogado, teólogo, professor universitário e vereador de BH eleito para seu segundo mandato como o 8° vereador mais votado de BH

Heróis ou vilões? Como você considera a ação da Polícia Militar em Varginha?

05/11/2021 às 20:12.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:12

Moradores de cidades no interior de Minas vivem com medo do que a mídia chama de “novo cangaço”. Quadrilhas fortemente armadas cercam cidades e promovem assaltos, saqueiam bancos, carros fortes, comércios, etc. Tudo isso com alto teor de violência. As cidades escolhidas geralmente são as que têm baixo efetivo policial. Investigações indicam que as ações são planejadas e executadas por membros de facções criminosas, principalmente do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A expressão “novo cangaço” surgiu no Nordeste na década de 1990 e foi criada para designar as quadrilhas com ações agressivas que cercavam pequenas cidades do sertão nordestino para praticar crimes “cinematográficos”. Aqui em Minas, somente esse ano, foram registradas três ações nesse nível.

Na madrugada de domingo (31/10) em Varginha, no Sul do Estado, o bando não teve “sorte”. Uma brilhante ação da Polícia Militar de Minas Gerais desarticulou os bandidos antes que eles causassem terror no município. No final, 25 foram mortos.

De acordo com a porta-voz da Polícia Militar mineira, capitã Layla Brunela, os bandidos se preparavam para realizar grandes assaltos na região. "Posso adiantar que essa é a maior operação referente ao novo cangaço no país. Muitos infratores fariam um roubo a banco e foram surpreendidos pelo nosso serviço de inteligência integrado com a PRF. Foi uma ação conjunta que resultou na apreensão de um grande armamento, além de explosivos e coletes à prova de bala que eram utilizados por esses infratores.”

Apesar do grande apoio da maioria da população, inclusive do Governador Romeu Zema, que classificou os policiais como heróis, já era de se esperar que a esquerda se mobilizasse pela defesa dos criminosos. A deputada estadual Andréia de Jesus (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia cobrou que as mortes dos “suspeitos” sejam apuradas. Andréia classificou o episódio como “muito triste” e se solidarizou com afetados. O Ministério Público também vai investigar a ação da polícia.

Na mesma linha, a Revista Fórum publicou: “Massacre: Operação policial em Minas deixa 25 mortos e nenhum deles policial.” O periódico parece lamentar o sucesso da ação e o fato de nenhum policial ter morrido.

É claro que nenhum tipo de morte deve ser comemorada. Mas além de toda a investigação e da evidência de que não se tratava de suspeitos, mas de bandidos de alta periculosidade, no momento da abordagem, a PM foi recebida a tiros e precisou revidar. A ação que traria muitos danos à sociedade como sempre acompanhamos nos jornais teve uma resposta à altura. A atuação da PMMG preservou vidas e o patrimônio de pessoas de bem.

Qual a sua opinião sobre o caso? A Polícia Militar exagerou no uso da força ou bandidos como esses precisam de combate?

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