Nesse tempo de estiagem, pouco se fala dos estragos que a chuva causa todos os anos em Belo Horizonte, principalmente entre os meses de dezembro e janeiro. Em 2017, eu mal havia tomado posse como vereador e uma das minhas primeiras ações foi visitar as vítimas do forte temporal que inundou diversas casas no entorno da Avenida Tereza Cristina, na região oeste de BH.
Desde quando me entendo por gente, todo ano a cena se repete: centenas de pessoas e famílias que custam a conquistar seus bens e pertences veem tudo indo por água abaixo, literalmente.
Sensível a esses acontecimentos, comecei naquela época mesmo a buscar entender o motivo das inundações, a dinâmica de como elas ocorrem, o que fazer para evitá-las e o motivo pelo qual até então nada havia sido feito. A resposta da última pergunta foi a mais fácil de encontrar: nada fora feito por falta de vontade de política. Obras como essa não são interessantes para a maior parte dos políticos, pois, por não serem vistosas aos olhos, não geram votos!
O título desta coluna transformou-se em um dito popular há décadas. De fato, ao que parece, nossos governantes não são muito “ligados” à realização de obras de infraestrutura. Mas desde aquele dia coloquei como um compromisso do meu mandato ser a ponte, fazer o que fosse necessário para nunca mais ter que visitar famílias desoladas, vítimas da chuva, pelo menos naquela região.
De lá para cá, travei uma luta para buscar entender e cobrar dos responsáveis ações para resolver de uma vez por todas o problema com as chuvas na avenida. Foram várias reuniões, audiências, visitas técnicas e auxílios aos moradores, até que em janeiro desse ano fui ao Ministério Público contra a Prefeita de Contagem, Marília Campos, e o Governador do Estado, Romeu Zema. Após a representação a prefeita de Contagem se reuniu e criou um comitê para tratar do assunto e o Governador destinou cerca de R$ 300 milhões do acordo da Vale para obras no local.
Esse ano, como relator da Comissão Especial de Estudo - Drenagem Urbana, tenho feito várias visitas para cobrar medidas da prefeitura para evitar enchentes em todas as regionais de Belo Horizonte e fiscalizado as obras de contenção que estão construídas na regional Barreiro e até em Contagem.
A obra de tratamento de fundo de vale dos córregos Olaria e Jatobá e a implantação de uma bacia de detenção com capacidade para 110 milhões de litros estão em andamento e vão reduzir a chance de enchentes na Teresa Cristina. O investimento é de R$ 73 milhões e as obras devem terminar no 2º semestre deste ano.
Para reduzir ainda mais o risco de alagamento na Teresa Cristina, estão sendo investidos R$ 66 milhões na nova bacia de detenção no Córrego Ferrugem, com capacidade para 274 milhões de litros de água. A previsão de término é o 2º semestre de 2024.
Além dessas, tenho acompanhado de perto mais 18 obras de combate às enchentes estão acontecendo em toda a cidade, num investimento total de R$ 56 milhões.
Meu trabalho por BH não para. Continue acompanhando nossa atuação!