Assim como o futebol e o carnaval, as festas juninas vivem na alma e no coração do povo brasileiro. Ah... como é bom participar das danças, tomar quentão, jogar nas barraquinhas...
Na minha adolescência, participei de um concurso do traje mais original para a dança de são João. E ganhei o primeiro lugar fantasiado de Carlitos, o eterno vagabundo de Charlie Chaplin. Caprichei no clássico bigodinho, na bengala, chapéu-coco, sapato com couro rasgado e paletó surrado.
Os ensaios do nosso grupo começaram no mês de abril. Isso demandava tempo e dedicação. Mas, mesmo assim, você acha que eu parei de estudar nesse período? Não mesmo.
Tantos os ensaios como os estudos eram, cada um a seu modo, uma fonte de prazer. Então, uma atividade complementava a outra. E, de fato, os estudo rendem melhor quando sabemos intercalá-los com outras atividades, numa vida social sadia.
Mas tudo isso exige disciplina, empenho e distribuição adequada do tempo. Não fique o tempo todo no lazer. E nem tampouco fique o tempo todo trancado no seu quarto, engolindo apostilas.
Chega um momento em que você não consegue assimilar adequadamente os conteúdos estudados. O lazer, quando na medida certa, ajuda o seu cérebro a reorganizar o que você estudou. Isso te faz realmente aprender e memorizar (mas não para a prova e sim para o resto da vida).
Então, se você aprecia essas noites de fogueira, quentão e danças, divirta-se à vontade. Se você prefere outras formas de laxe e convivência social, vá em frente. Mas, em quais casos, não se descuide dos seus compromissos com os livros e as revisões.
Estude um pouco todos os dias. Faça disso um hábito semelhante às suas refeições, ou seja, sempre num mesmo horário. E, quando sair o edital do concurso dos seus sonhos, você estará mais preparado do que muitos candidatos, que só estudam quando as inscrições do concurso são abertas. Esses já entram perdendo.
E, quando a sua aprovação chegar, você poderá olhar pelo retrovisor da sua vida pessoal e dizer para si mesmo: “Eu me empenhei nos estudos, fazendo do aprendizado uma fonte a mais de prazer. E intercalei minhas leituras com atividades de lazer que mais me alegravam. E continue assim, porque outros sucessos virão.
Desejo bons estudos para todos.
*José Roberto Lima é advogado, professor da Faculdade Promove, autor de “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.