José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

Cataratas de concursos

22/04/2017 às 17:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:14

Estou com a família em Foz do Iguaçu. É ótimo ver os “gringos” encantados pelas Cataratas. Um deles conversou com meu filho em Inglês. E a avaliação do interlocutor foi ótima (para o filho e para o pai-coruja): “You speak English very well”.

Aqui encontrei pessoas empenhadas nos estudos. Diversos alunos perguntaram-me sobre a técnica que me levou a quinze aprovações. Conversamos sobre a salutar influência dos países entre si. É o caso, por exemplo, dos concursos. No Paraguai, o Presidente Horácio Cartes baixou o decreto 1100/14, que trata da exigência de concurso para os cargos não eletivos (fonte: www.abc.com.py; acesso em 20/01/14). A ideia é acabar com a prática de nomear apenas os simpatizantes do partido político no poder.

O Uruguai vem realizando concursos. O Presidente José Mujica sancionou uma lei de cotas. Oito por cento das vagas serão ocupadas por afrodescendentes (fonte: www.pragmatismopolitico.com.br; acesso em 20/01/14). Alguém tem dúvida da influência brasileira nesse contexto?

A Argentina também realiza concursos. Mas, em geral, a seleção é feita por títulos acadêmicos, por entrevista e por tempo de exercício de determinada profissão (advocacia, por exemplo). Obviamente, esse modelo dá margem à avaliação subjetiva. Então, tomara que a nossa influência também chegue lá. Afinal, a seleção por meio de provas elimina quase totalmente quaisquer subjetivismos.

Há alguns anos, em discurso no Parlamento do MERCOSUL, o Deputado Dr. Rosinha (PT do Paraná) sugeriu a realização de concurso público para o quadro de funcionários daquele importante órgão de integração. Atualmente, dezenas de funcionários lá trabalham por indicação de parlamentares dos países integrantes do bloco.

Com tanta novidade aqui nas Três Fronteiras, não duvido se, nos próximos anos, for mesmo realizado concurso para o quadro de funcionários do MERCOSUL. Seja como for, e considerando apenas o Brasil, haverá muitas oportunidades neste ano. Nosso poder público tem necessidade urgente de pessoas qualificadas em seus quadros. É por isso que vivemos atualmente numa catarata de concursos. 

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