Quando fui convidado pelo editor-chefe do Hoje em Dia para escrever sobre concursos, jamais imaginei que chegaríamos à marca de cem artigos. Nessa jornada, iniciada em 07/03/2013, falei sobre variados temas de interesse dos concurseiros, com especial destaque para a importância da emoção no processo de aprendizagem. Afinal, alguém consegue esquecer o dia em perdeu um parente querido? Alguém esquece o dia em que passou num concurso? Claro que não.
Fiz analogias com futebol, guerras, temas da atualidade, etc. Refleti sobre os perigos da inveja, esse sentimento que se esconde até de quem o sente. Falei a respeito de quatro atitudes importantes para quem quer triunfar nos estudos: 1) fazer a opção pela escola preparatória, pois, além da rápida solução das dúvidas por meio dos professores, a sala de aula é o espaço privilegiado da audição, esse sentido um pouco desprezado ultimamente; 2) não menosprezar o conteúdo fácil, que representa cerca de 80% de uma prova; 3) estudar um pouco, mas todos os dias, tendo a paciência de colher resultados após vários meses; 4) gostar de estudar, tendo a consciência de que tudo de que gostamos é antecedido de treino.
Quanto a essa última atitude, vale acrescentar que ninguém se torna alcoólatra porque bebeu uma taça de vinho no Natal. Do mesmo modo, ninguém gosta de estudar porque assim agiu às vésperas da prova. Na medida em que persistimos numa conduta, o prazer surge naturalmente. Então, estude um pouco todos os dias durante uns dois ou três meses, e você nunca mais vai querer parar de estudar.
Ao alcançar a marca de cem artigos, lembro-me de mais um tema de que também tratei: a competição e a colaboração. Há anos, os pedagogos debatem sobre esses dois aspectos educacionais. Afinal, o que seria melhor: preparar os alunos para competir ou para colaborar?
A resposta foi muito bem formulada pelas autoras do livro “Cem Aulas Sem Tédio”, no qual descrevem duas décadas dedicadas ao ensino do Inglês. A jornalista Viviam Magalhães e a professora Vanessa Menezes Amorim apresentam uma centena de sugestões para as mais divertidas aulas. E, quanto ao debate sobre competição versus colaboração, garantem que esses elementos não são necessariamente incompatíveis.
Assim, ao parafrasear o título daquele livro, lembro-me de vários artigos nos quais defendi a mesma tese de que competição e colaboração podem (e devem) coexistir. É o caso, por exemplo, dos artigos “ensinai-vos uns aos outros” (21/03/2013), “desperte o concurseiro” (29/03/2014), “tecnologia da Universidade de Harvard” (8/02/2015) e “na OAB, sim; nos concursos, também” (15/02/2015).
Enfim, as gaúchas que propõem “cem aulas sem tédio” escreveram um livro genial. Parafraseando-as, cheguei à marca de “cem artigos sem tédio”. Então, só me resta dizer: obrigado leitores! Obrigado, Hoje em Dia!