José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

Como 'colar' numa prova

02/09/2020 às 09:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:26

Antes de aplicar a primeira avaliação em uma turma de novatos, eu esclareço na aula anterior todos os critérios da prova. Mas, na hora de distribuí-la, sempre aparece um aluno para perguntar: “Professor Roberto, pode consultar a legislação?”

- Pode! Claro que pode! Pode consultar...

E, antes de eu concluir a frase, a maioria dos alunos protesta: “Mas eu não trouxe nenhum material. O senhor disse que a prova era sem consulta”.

- É por isso que estou dizendo: cada um de vocês pode consultar o que estiver disponível na... na... memória.

Essa é “cola” a que me refiro no título deste artigo. Ainda bem que escrevi entre aspas. De fato, existe aluno (e principalmente candidato a um cargo público) que, de tão bem preparado, faz a prova consultando os esquemas mentais montados na cabeça. 

Essa é a performance de quem se esforçou por vários meses, antes de o edital de um concurso ser publicado. E, mais do que memorizar os conteúdos, aprendeu coisas que lhe serão úteis na vida e – claro – no exercício do cargo pretendido.

Existem ferramentas mentais que podem ser usadas para memorizar os mais variados dados, desde o Direito até a Pedagogia, a Medicina, etc. A título de exemplo, segue uma dessas ferramentas, da minha autoria. É uma das que cito no livro “Como passei em 15 concursos”.

Trata-se dos direitos fundamentais, previstos no artigo 5º da Constituição Federal. E peço a compreensão dos colegas advogados. Porque, no nosso meio, o assunto é coloquial. Mas talvez não o seja para profissionais de outras formações.

Feita essa ressalva, observe a sigla: ViLISP. Ela se refere aos ditos direitos constitucionais. As letras inicias coincidem com: vida, liberdade, igualdade, segurança, propriedade. O “i” minúsculo de “vida” entrou para dar sonoridade à sigla. Ou, se você preferir, considere que a vida, por ser o direito mais importante, ganhou duas letras. 

“Mas isso não me basta para memorizar”. Se a sua objeção é essa, aí vai um “causo”. A jovem e bela fiscal do Ibama chegou à casa do seu tio para apreender os passarinhos.

Seduzido pela beleza da jovem, ele tentou argumentar: “Sem os meus passarinhos, como eu vou viver?” E a fiscal deu a resposta: “Viva livre igual seu passarinho”. 

Agora, observe as letras iniciais da frase dela. Coincidem com as iniciais de vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
- E o que isso tem a ver com a juventude e beleza da fiscal? Não tem nada a ver. Isso foi só pra você prestar atenção na aula, ou melhor, na leitura. 
A todos eu desejo bons estudos.
 

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