Nesta semana dedicada às mães, eu me lembro do primeiro, entre vários artigos, que escrevi em homenagem a quem nos dá a vida. Foi no dia 5.5.2013, com o título “concurso: a mães de muitas mães”. Iniciei lembrando que as mulheres representam mais da metade dos candidatos aos cargos públicos em geral. E, na maioria dos casos, elas são mães.
É por isso que, além do artigo de 5.5.2013, também escrevi: 1) “concurseira é a mãe” (10.5.2014); 2) “mães do passado, presente e futuro” (14.5.2015); 3) “parabéns, mãe” (8.5.16); 4) “se dependesse das mães...” (14.5.17); 5) “mãe e filha concurseira” (5.5.21); 6) “ainda sobre as mães” (11.5.23).
Então - leitora, concurseira e mãe - considere-se homenageada. Porque, mesmo que você ainda não seja mãe, certamente sonha em ser no futuro. E, para sonhos como esse, faça um projeto que durará a sua vida inteira.
É nesse contexto que os concursos podem ser uma verdadeira mãe. Afinal, na iniciativa privada, embora haja ótimas oportunidades de crescimento, os sobressaltos são inevitáveis. Quando uma empresa decide fazer um “down size”, essa expressão bonita para “demissões em massa”, as mulheres costumam ser as primeiras na lista de cortes.
Já no setor público a estabilidade no emprego combina com tudo que uma mãe quer propiciar a seus filhos. Mas já passou o tempo em que os funcionários concursados nunca eram demitidos. Quem entra no serviço público com essa mentalidade acaba demitido (as principais causas são a desonestidade e a desídia).
Portanto, a estabilidade só tem valor para quem sabe valorizá-la. E ninguém melhor que uma mãe para reconhecer o valor dos filhos, de si mesma e das conquistas ao longo da vida.
De todos os candidatos aprovados num concurso, só mesmo as mães sabem o valor dos anos de preparação intelectual e da emoção de ver o nome na lista de aprovados. E, no exercício do cargo, as mães são mais dedicadas porque sabem o valor de terem um bom conceito entre os superiores e colegas de trabalho.
Então, voltando à pergunta anotada no título deste artigo, será que “concurso é uma mãe”? Sim. Para quem se esforça nos estudos, e para quem se dedica ao cargo em vez de se escorar na estabilidade, a resposta é “sim, concurso é uma mãe”.
A todas as mães eu desejo bons estudos. Comecemos com um abraço nos filhos.
*José Roberto Lima é advogado, professor da Faculdade Promove, autor de “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.