Nesta semana dedicada às criança - e também a nós, professores – presto homenagens a ambos. Às crianças porque estão “carecas de ouvir” o óbvio: são o futuro da humanidade. E aos professores porque, sem bons ensinamentos, a humanidade não tem futuro.
São conhecidas muitas citações que homenageiam os mestres. Costuma-se lembrar, por exemplo, da frase atribuída ao Imperador Pedro II. Em 1870, quando foi fundado o Partido Republicano, ele discursou com o seu tradicional desapego ao poder: “Se um dia o povo não mais me quiser por seu Imperador, serei professor”.
As lições de Cora Coralina e de Guimarães Rosa também são lembradas. Ela: “Feliz quem transmite o que sabe e aprende o que ensina”. Ele: “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”.
E as crianças? Alguém se lembra de uma citação para homenagear as crianças? Claro que existem muitas frases assim, embora quase nunca nos lembremos de uma sequer. Criança é assim: uma expressão tão concreta de poesia que, às vezes, ficamos sem saber o que dizer a elas.
Por outro lado, engana-se quem pensa que ser criança é fácil. E os pais, na melhor das intenções, podem destruir o que é natural: o prazer de aprender. É por isso que, desde as primeiras séries escolares, a tarefa de fazer o “para casa” pode se imposta como um castigo.
Desse jeito os filhos não desenvolvem o gosto pelos estudos, nem aqui e nem na China. Por falar nisso, um dos motivos do progresso chinês é a abordagem em relação aos estudos. As crianças de lá são incentivadas a desenvolver o pensamento científico desde os primeiros anos de ensino. Existem escolas chinesas que oferecem cursos de “MBA infantil”.
E você pensa que as crianças de lá associam a tarefa de estudar a um castigo? Claro que não. Então, nesta semana dedicada aos professores e às crianças, que saibamos levá-las à maior aventura da mente humana: a aventura de aprender.
Bons estudos a todos.