Amanhã, 12 de junho, comemoramos o Dia dos Namorados. E quem me acompanha nesta coluna já entendeu o título deste artigo. Não há nada de contraditório entre estudar e namorar. Quem vê contradição nisso acaba dando esta resposta decepcionante quando é chamado pelo namorado ou pela namorada para um passeio: “Hoje eu não posso. Tenho que estudar. Não posso perder tempo”.
Bem, se você acha que namorar atrapalha os estudos ou que é perda de tempo, o que você vai perder mesmo é a namorada ou o namorado. Afinal, até os guerreiros têm momentos de descontração, de lazer e, obviamente, de namoro. E, parafraseando Erasmo Carlos, é bom ter um amor “para chamar de seu”.
Existem atividades que se complementam, embora pareçam contraditórias. Os estudos rendem mais quando malhamos. Rendem mais quando alternamos momentos de concentração e distensão. E rendem mais quando namoramos. Afinal – leitor ou leitora – ninguém é de ferro.
Somos feitos de sentimentos. Quem tenta negar isso está condenado a fracassar no trabalho, nos estudos e – claro – no amor. No “último discurso”, uma obra-prima dentro do filme “o grande ditador”, Charlie Chaplin assim criticou a modernidade: “Pensamos demais e sentimos de menos. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de bondade e gentileza”.
Então, demonstre afeto à pessoa que você ama e que te faz feliz. Faça um passeio, beije... seja beijado... e dê aquilo que é uma estrada de duas mãos (ou melhor, de quatro mãos): um abraço. Faça isso e os seus estudos agradecerão.
Mas claro: para o sucesso em tudo nessa vida, o segredo é identificarmos os momentos e as circunstâncias de cada atividade. Existem horas certas para estudar... para trabalhar... sorrir... chorar... e namorar. É por meio da correta identificação de cada um desses momentos que fazemos tudo ficar melhor.
Então, desejo a todos um bom namoro, o que contribuirá para bons estudos.
*José Roberto Lima é advogado, delegado federal aposentado, mestre em Educação, professor da Faculdade Promove e autor de “Como Passei em 16 Concursos”. Escreve nesse espaço às quartas-feiras.