José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

Inteligência artificial: apocalipse ou uma grande promessa?

Publicado em 05/07/2023 às 06:00.

Entre vários pensadores do século XIX que criticavam a Revolução Industrial, havia os que atribuíam às máquinas a situação de miséria e desemprego. Em alguns casos, chegaram a quebrá-las. E, desse modo, acreditavam que não se colocaria outras máquinas nas fábricas, devolvendo assim os empregos dos operários. Oh, que ilusão.

Mas, se as máquinas do século XIX, que eram compostas essencialmente de dispositivos mecânicos, trouxeram essa mistura tão intensa de benefícios e prejuízos, o que podemos esperar da informática e da robótica? Vivemos num mundo em que as novas tecnologias não se limitam a reduzir postos de trabalho. Mais do que isso, elas promovem a extinção de várias profissões.

Havia, porém, desde a décadas de 1970, quando se iniciou a automação, a promessa de que teríamos mais tempo para nós mesmos e nossas famílias; e que as máquinas fariam as tarefas perigosas ou insalubres. Essa promessa não se cumpriu (...ainda). Nunca trabalhamos tanto como atualmente.

Mas um sinal de alerta, revelado em censos de vários países, pode ser o início de uma grande esperança. Refiro-me ao declínio do crescimento populacional. No Brasil, a população cresceu num ritmo abaixo do esperado. No Japão já se prevê um caos na economia, porque, nos próximos anos, haverá uma multidão de idosos e pouquíssimos jovens para trabalhar.

Então, que tal cumprirmos a promessa de que as máquinas trabalharão em nosso benefício? Muitos países não terão alternativas senão essa opção. Assim, em vez das tarefas extenuantes, enfadonhas e perigosas, que roubam nosso tempo... deixe que os robôs farão isso por nós.

Há, no entanto, uma profissão que nunca será extinta: a do professor e da professora. E, por extensão, as máquinas jamais substituirão os profissionais que auxiliam e coordenam a área da educação. Os aplicativos e os sistemas informatizados nos ajudam muito na tarefa de ensinar. Mas sem o professor e sem os profissionais do seu entorno, a inteligência artificial não passa de “burrice artificial”, incapaz de ter sentimentos ou criatividade.

E você, leitor ou leitora? O que você me diz? As novas tecnologias, sobretudo a robótica, vão nos levar a um mundo apocalíptico ou nos ajudarão na construção de um mundo melhor? Seja qual for a sua opinião, o mundo sempre será melhor para quem segue o bom caminho dos estudos.

Então, bons estudos para todos.       

*José Roberto Lima é advogado, professor da Faculdade Promove, autor de “Como passei em 16 concursos” e “Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras.

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