José Roberto LimaAdvogado, professor e palestrante, com a experiência de quem foi aprovado em 15 concursos públicos.

Lealdade nos concursos e no amor

Publicado em 15/06/2022 às 06:00.

Em homenagem ao dia dos namorados, ocorrido no último domingo, façamos uma reflexão sobre as atitudes que contribuem para o amor eterno. E falemos também sobre a lealdade no serviço público.

No âmbito profissional, há momentos na nossa vida, sobretudo na adolescência, em que passamos pelas encruzilhadas da vocação. No âmbito das relações afetivas, também há momentos em que passamos por uma indisfarçável encruzilhada. Em ambos os casos, convém que prevaleça a lealdade. Porque devemos ser fiéis a nossas escolhas, tanto na profissão como no amor.

Isso não nos impede de participar de vários concursos. E, uma vez assumindo um cargo público, você não estará impedido de tomar posse noutro. Mas não poderá acumular os dois cargos. É o que diz o artigo 37 de Constituição Federal, que prevê exceções apenas para os profissionais nas áreas de magistério e saúde.

São várias as motivações que levam um funcionário público a se candidatar a outro cargo: buscar um melhor ambiente de trabalho, fazer carreira, etc. Isso não é deslealdade à repartição em que se presta serviço. Porque todo trabalhador tem direito de buscar o que lhe seja melhor.

Do mesmo modo, “a longa estrada da vida” pode nos conduzir a mais de uma pessoa pela qual estaremos dispostos a dar a própria vida. Mas, assim como o serviço público, que não permite acumular cargos, não podemos dividir nosso coração entre dois amores.

Podemos até ser “candidatos” a mais de um relacionamento. Mas devemos escolher um, mantendo a lealdade e a fidelidade. Se o relacionamento tornou-se sério com uma pessoa, renuncie à outra. Porque, ao se casar, será apenas com uma pessoa.

São vários, porém, os motivos que levam alguém a permanecer na encruzilhada do amor, mesmo não havendo dúvida sobre quem é dono do seu coração: 1) o ciúme possessivo; 2) as queixas sem fundamentos; 3) os rompimentos sem motivos, que leva o outro a se sentir abandonado.

Tudo isso leva o outro a permanecer na óbvia situação defensiva, que pode ser resumida nesta frase: “Se você continuar me abandonando e rompendo relações sem motivos, vou procurar outra pessoa”. O mesmo ocorre nas repartições públicas, ou em qualquer ambiente de trabalho: se o funcionário é posto de lado injustamente, se desconfiam dele sem motivos, é natural que ele busque outro caminho profissional.

Mas, tanto no trabalho como no amor, a lealdade há de prevalecer. Então, seja fiel a quem é realmente o dono do seu coração.

A todos recomendo lealdade. E bons estudos.

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