Dizem que a realidade imita a ficção. De fato, os escritores e cineastas, ao criarem suas obras, refletem sobre as emoções e os interesses humanos, desde os nobres até os mesquinhos. E daí decorre que muitos autores parecem profetizar o que ainda está por vir.
Vejamos, por exemplo, o primeiro sucesso de Steven Spielberg: o filme Tubarão. Os comerciantes de uma cidade turística, mesmo sabendo que a fera dos mares rondava as praias, pressionaram para que a cidade funcionasse normalmente, como se nada estivesse acontecendo.
Pescadores capturaram e apresentaram ao povo um tubarão qualquer como sendo a perigosa fera do filme. O Prefeito fez ampla divulgação daquela aventura pesqueira, como se o problema estivesse resolvido.
O leitor – claro – já identificou a ficção dos anos 70 com a realidade atual. Só faltou o Prefeito apelidar de Cloroquina aquele tubarão dos pescadores. E, de fato, ele divulgou o abate como a solução definitiva.
E eis que vivemos uma realidade com os mesmos elementos do filme: empresários com o compreensível interesse em reabrirem seus estabelecimentos e trabalhadores querendo retomar seus postos. Mas o perigo está à espreita. Em meio à crise, aparecem governantes mundo afora que, mesmo com boas intenções, estão atrapalhando mais que ajudando.
E sabe o que os estudos têm a ver com todo esse contexto?
Dessa vez, não vou bater na tecla das dicas para passar num concurso, tampouco para se dar bem numa prova. Dessa vez, para mostrar o que os estudos têm a ver com tudo isso, respondo que é pelo estudo, ensino e pesquisa que encontraremos a solução dessa pandemia.
No filme de Spielberg tivemos o “final feliz”. Mas, contra o coronavírus, é pelo estudo e pela pesquisa que a humanidade vai superar essa crise. Centenas de laboratórios, em todo o mundo, estão trabalhando noite e dia, na busca de uma vacina.
Então, desconfie de quem promete ou divulga uma solução mágica. E, se a sua formação ou atividade é na área de saude, parabéns! Você é um guerreiro!! Eu me atrevo a, em nome de toda a humanidade, te agradecer pelo heroísmo. E te peço que siga estudando e trabalhando para que tenhamos em breve uma solução.
E, para você que não é da área de saude, seguem duas dicas: não se esqueça de agradecer a seu vizinho, ou familiar, ou amigo que labuta heroicamente nos hospitais, clínicas, escolas de Medicina, de Enfermagem, etc.
A segunda dica é seguir estudando. Mas não estude só para concursos ou para as provas. Estude para vida. Quem sabe, dos seus conhecimentos, virá uma grande contribuição para vencermos essa crise?